Operação "Rota do Atlântico": detido diretor financeiro da Asperbras - TVI

Operação "Rota do Atlântico": detido diretor financeiro da Asperbras

Justiça (iStockphoto)

Inquérito investiga crimes de corrupção ativa no comércio internacional, branqueamento de capitais, tráfico de influências, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada

As autoridades argentinas detiveram, na quinta-feira, em Buenos Aires, um homem de nacionalidade brasileira no âmbito da operação “Rota do Atlântico”, que envolve o empresário de futebol José Veiga, informou esta sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Em comunicado, a PJ refere tratar-se do diretor financeiro da Asperbras cuja detenção decorreu do cumprimento de um mandado de detenção internacional a pedido da Polícia Judiciária, no âmbito do inquérito que investiga crimes de corrupção ativa no comércio internacional, branqueamento de capitais, tráfico de influências, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada.

As diligências foram realizadas em colaboração com o Gabinete Nacional da Interpol, acrescenta o documento.

O inquérito à investigação designada por “Rota do Atlântico” envolve nove arguidos – quatro pessoas singulares e cinco pessoas coletivas –, entre os quais o empresário de futebol José Veiga, que se encontra em prisão domiciliária com vigilância policial desde dia 11 de maio.

De acordo com o Ministério Público, os detidos, alegadamente, celebravam contratos de fornecimento de bens e serviços relacionados com obras públicas, construção civil e venda de produtos petrolíferos, entre diversas entidades privadas e estatais.

Os proventos gerados com esta atividade eram utilizados na aquisição de imóveis, veículos de gama alta, sociedades não residentes e outros negócios, utilizando para o efeito pessoas com conhecimentos especiais e colocadas em lugares privilegiados, ocultando a origem do dinheiro e integrando-o na atividade económica lícita, precisou então a PGR.

A investigação "Rota do Atlântico" é dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e envolveu cerca de três dezenas de buscas a domicílios e sedes de empresas, a uma instituição bancária e a três escritórios de advogados.

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