Prisão e expulsão do país para seis homens que clonavam cartões multibanco - TVI

Prisão e expulsão do país para seis homens que clonavam cartões multibanco

  • JFP
  • 25 jul 2019, 11:24
Cartões

Tribunal de Matosinhos aplicou quatro anos de prisão efetiva a seis estrangeiros que recorreram a tecnologia sofisticada para clonar cartões bancários e usar o dinheiro em proveito próprio

O Tribunal de Matosinhos aplicou quatro anos de prisão efetiva, seguida de expulsão de Portugal, a seis estrangeiros que recorreram a tecnologia sofisticada para clonar cartões bancários e usar o dinheiro em proveito próprio, disse hoje fonte judicial.

Os crimes foram registados entre maio e junho de 2018 em caixas automáticas ATM das redes SIBS e Euronet em Matosinhos, Porto, Maia e Vila Nova de Gaia, recorrendo a dispositivos “de grande qualidade” e que “não eram percetíveis para quem utilizava as caixas de Multibanco”, o que permitiu aos arguidos apoderarem-se de pelo menos 13.611 euros, constatou a Polícia Judiciária após deter os suspeitos, em 13 de julho do ano passado.

No seu veredicto, o coletivo de juízes de Matosinhos determinou uma pena de quatro anos de prisão para cada um dos seis arguidos, dois deles com experiência na área informática.

Como pena acessória, acrescentou a fonte, o tribunal decidiu que, após o cumprimento da pena, serão expulsos de Portugal e ficarão proibidos de reentrar em território nacional nos quatro anos seguintes.

Segundo o processo, os arguidos fabricavam e colocavam nas ranhuras das caixas ATM aparelhos próprios para ler a banda magnética dos cartões de crédito/débito ali usados e para registar o código PIN digitado pelo utilizador, de modo a permitir a clonagem desses mesmos cartões.

O Ministério Público explicou que o equipamento usado integrava uma régua com microcâmara e com cartão de memória, para gravar a digitação do código.

Incluía ainda “uma peça de plástico com ranhura para entrada de cartões, tendo acoplada uma placa eletrónica para ler, capturar e armazenar o conteúdo das bandas magnéticas”.

Depois de clonarem os dados em cartões brancos, os arguidos usavam em proveito próprio a cópia como se fosse o original.

Terão sido clonados 57 cartões, mas muitos deles ainda não tinham sido utilizados, pelo que foram apreendidos à data das detenções pelos arguidos.

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