Quatro GNR e 14 civis julgados por corrupção em Portalegre - TVI

Quatro GNR e 14 civis julgados por corrupção em Portalegre

Justiça (iStockphoto)

Indivíduos começam a ser julgados na segunda-feira por corrupção, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder e fraude fiscal, revelaram este domingo fontes judiciais

Quatro militares da GNR, incluindo um oficial superior, e 14 civis começam a ser julgados, na segunda-feira, em Portalegre, por corrupção, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder e fraude fiscal, revelaram este domingo fontes judiciais.

As mesmas fontes indicaram à agência Lusa que o julgamento vai ser realizado no centro de congressos da Câmara de Portalegre, devido ao elevado número de intervenientes, entre arguidos, advogados e testemunhas.

As primeiras detenções foram efetuadas, no dia 19 de janeiro de 2016, na zona de Portalegre, na sequência de uma “investigação conduzida exclusivamente” pela GNR, através da Unidade de Ação Fiscal, e coordenada pelo Ministério Público (MP), por intermédio do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora.

Segundo a acusação do MP, a que a Lusa teve acesso, entre os militares da GNR detidos contam-se um tenente-coronel que desempenhava funções no Comando Territorial de Portalegre, um cabo que exercia no Posto Fiscal de Elvas e dois guardas do Destacamento de Trânsito de Portalegre.

Três militares da GNR, incluindo o tenente-coronel, todos em prisão preventiva, estão acusados de corrupção passiva, recebimento indevido de vantagem e abuso de poder, entre outros crimes, e um outro elemento da Guarda, em liberdade, está acusado de abuso de poder.

Um civil, também em prisão preventiva, está pronunciado por corrupção ativa e outras 13 pessoas pela prática de crimes de corrupção ativa e recebimento indevido de vantagem e duas delas respondem ainda pela prática do crime de fraude fiscal.

Na acusação, é referido que a investigação apurou que os militares obtinham vantagens pecuniárias e em produtos diversos cedidas por comerciantes da região em troca de favores ou para evitar fiscalizações aos seus estabelecimentos.

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