Covid-19: máscaras com certificado inválido não foram distribuídas nem pagas - TVI

Covid-19: máscaras com certificado inválido não foram distribuídas nem pagas

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  • Publicado por MM
  • 17 mai 2020, 15:06
Lacerda Sales

Garantia dada pelo secretário de Estado da Saúde, este domingo, em conferência de Imprensa

As máscaras vendidas à Direção-Geral da Saúde (DGS) com um certificado inválido ou falso ainda não foram distribuídas nem pagas, garantiu hoje o secretário de Estado da Saúde, esperando a clarificação da situação no início da semana.

A Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, enquanto central de compras, já solicitou esclarecimentos ao fornecedor sobre esta matéria [máscaras]”, afirmou António Lacerda Sales na conferência de imprensa diária de atualização dos dados da covid-19.

O diário Público revelou este domingo que três milhões de máscaras do tipo FFP2 foram vendidas à DGS com um certificado inválido ou falso por uma empresa do ex-presidente da Associação Nacional de Farmácias João Cordeiro, a Quilaban.

Dizendo que esta questão deve ser “objeto de esclarecimentos”, o governante garantiu que essas máscaras não foram distribuídas e que, obviamente, o pagamento não será efetuado enquanto não estiver o assunto clarificado.

As máscaras devem ser adquiridas com as respetivas normas preconizadas, quer pelo Infarmed, DGS e Instituto Português da Qualidade, com a respetiva fiscalização da ASAE”, disse.

António Lacerda Sales espera que esta matéria tenha “esclarecimentos mais consistentes” no início da semana.

Governo garante que orientações da DGS são “estritamente cumpridas”

O secretário de Estado da Saúde esclareceu que, quando disse que todos os profissionais de saúde que contactaram com pessoas com covid-19 foram testados, o quis dizer é que as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) são “estritamente cumpridas”.

Na conferência, António Lacerda Sales aproveitou para clarificar as suas afirmações de sexta-feira a este propósito, depois destas terem sido contrariadas pela Ordem dos Enfermeiros, porque, afirmou, “não terão sido bem compreendidas”.

“Afirmei que sempre que uma pessoa testou positivo à covid-19 dentro de uma instituição do Serviço Nacional de Saúde (SNS) todos os contactos próximos, repito, todos os contactos próximos foram testados e monitorizados pelas equipas de saúde ocupacional”, recordou.

Com isto, o governante assumiu que o “que quis dizer” foi que a orientação 13 da Direção-Geral da Saúde (DGS) tem sido “estritamente cumprida” pelas instituições de saúde.

“Esta orientação dirigida a profissionais de saúde distingue contactos próximos com alto risco de exposição de contactos próximos de baixo risco de exposição, sendo que a estes últimos recomenda-se vigilância passiva e que continuem a trabalhar”, reforçou.

Nos casos de contactos de alto risco, quer sintomáticos quer assintomáticos, são colocados em isolamento profilático e sob vigilância ativa, havendo sempre a realização de testes em caso de desenvolvimento de sintomas, referiu.

António Lacerda Sales garantiu que as orientações das autoridades da saúde são cumpridas, lembrando o esforço para que continue a chegar material de proteção aos profissionais desta área.

Portugal contabiliza 1.218 mortos associados à covid-19 em 29.036 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 15 mortos (+1,2%) e mais 226 casos de infeção (+0,8%).

Das pessoas infetadas, 649 estão hospitalizadas, das quais 108 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados é de 4.636.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

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