Covid-19: três surtos em lares do distrito de Beja infetaram 136 utentes, dois morreram - TVI

Covid-19: três surtos em lares do distrito de Beja infetaram 136 utentes, dois morreram

  • Agência Lusa
  • MJC
  • 7 out 2021, 18:05
Lar de idosos

Os surtos de covid-19 estão ativos nos lares da Fundação São Barnabé em Ferreira do Alentejo e das misericórdias de Vila Alva, no concelho de Cuba, e de Alvito

Três lares do distrito de Beja têm surtos ativos de covid-19, tendo infetado um total de 136 utentes, dois dos quais morreram, revelou esta quinta-feira fonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).

A vacina contra o coronavírus que provoca a doença da covid-19 “deu uma ajuda enorme”, porque estes surtos, se tivessem ocorrido “em janeiro” passado, provocariam “dezenas de óbitos”, afirmou à agência Lusa o Delegado de Saúde Coordenador da ULSBA, Mário Jorge Santos.

O mesmo responsável precisou que os surtos de covid-19 estão ativos nos lares da Fundação São Barnabé em Ferreira do Alentejo e das misericórdias de Vila Alva, no concelho de Cuba, e de Alvito.

No global, segundo os dados fornecidos à Lusa, estas três situações já infetaram 168 pessoas, 136 delas utentes - dois acabaram por morrer e 32 funcionários.

O surto no lar da Santa Casa da Misericórdia de Vila Alva chegou a ter “67” pessoas infetadas, 55 utentes e 12 funcionários, mas está agora com “44 utentes e cinco funcionários” com a infeção ativa, além de registar os dois óbitos, disse o responsável.

Já os outros dois surtos estão numa “fase mais precoce” e contabilizam “25 utentes e quatro funcionários” infetados no lar da Fundação São Barnabé em Ferreira do Alentejo e “54 utentes e 16 funcionários” com a doença na Misericórdia de Alvito, indicou.

De acordo com o clínico, estes surtos “têm características diferentes” dos ocorridos antes de serem disponibilizadas as vacinas contra a covid-19, já que, desta vez, afetaram “pessoas vacinadas”.

Os sintomas da doença são agora “de baixa gravidade” e “muitos dos doentes estão assintomáticos”, indicou o responsável, adiantando que as autoridades só conseguem “identificar os casos mediante rastreios sucessivos”.

Contudo, ressalvou, a população dos lares “é muito envelhecida e tem outras doenças”, pelo que, às vezes, “há desfechos fatais”.

“Os casos sintomáticos são muito poucos”, o que leva a crer que “a vacina é muito eficiente na prevenção de casos graves, mas não é tão eficiente na disseminação” da infeção em “ambientes” como os dos lares, concluiu.

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