A Confederação Nacional das Associações de Pais considerou esta sexta-feira um «desrespeito» o aumento do preço dos manuais escolares, admitido na quinta-feira pelo grupo editorial Leya, sugerindo que as escolas seleccionem manuais de outras editoras, refere a Lusa.
O grupo editorial Leya estima que a adaptação de cada manual escolar ao novo Acordo Ortográfico poderá custar entre quatro e cinco mil euros, pelo que admite o aumento dos preços de venda às famílias.
Confrontado com esta possibilidade, o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Albino Almeida, enfatizou que a política de acção da Leya é «apenas movida pelo lucro» e que o grupo se distingue no mercado pelo «aumento dos preços» sempre que possível, o que considerou «inacreditável».
«Lamentamos que a editora só pense no lucro, é um autêntico desrespeito pelas famílias nesta altura de crise, em que as mais desfavorecidas dificilmente vão conseguir comprar os manuais», considerou o representante das associações de pais.
Albino Almeida sugeriu ainda que as escolas «pensem se querem continuar a usar livros da Leya».
O preço dos manuais é regulado por uma convenção entre o Ministério da Educação (ME) e as associações de editores de livros escolares.
Pais apelam a boicote a editora
- Redação
- CR
- 27 fev 2009, 10:23
Leya quer aumentar preço dos manuais para os adaptar ao acordo ortográfico
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