Covid-19: mortalidade em Portugal está "acima do limiar" do Centro Europeu - TVI

Covid-19: mortalidade em Portugal está "acima do limiar" do Centro Europeu

Vacinação em Ponta Delgada, Açores

A mortalidade por covid-19 em Portugal situa-se, nos últimos 14 dias, em 18,6 óbitos por um milhão de habitantes e mantém uma tendência crescente

A mortalidade por covid-19 em Portugal situa-se, nos últimos 14 dias, em 18,6 óbitos por um milhão de habitantes e mantém uma tendência crescente. De acordo com o relatório de monitorização das linhas vermelhas, este valor está acima do limiar do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC)

A mortalidade específica por COVID-19 (18,6 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) tem tendência crescente e está acima do limiar preconizado pelo ECDC", esclarece o documento publicado todas as sextas-feiras pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa).

Na semana passada, entre 30 de julho e 5 de agosto, este indicador situava-se nos 16,4 mortos por cada um milhão de habitantes. A DGS diz ainda que a  mortalidade por covid-19 deverá manter-se "provavelmente elevada", ainda que o ritmo de crescimento esteja a abrandar.

"Atividade epidémica de elevada intensidade"

A análise dos diferentes indicadores - incidência, Rt, proporção de positividade, incidência acima dos 65 anos, proporção notificações com atraso, isolamento e rastreamento, ocupação UCI e mortalidade - revela ainda uma "atividade epidémica de elevada intensidade, com tendência decrescente a nível nacional, mas estável nas regiões Centro e Alentejo"

Apenas no Algarve foi observada uma incidência superior ao limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes (719). A nível nacional, o número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, nos últimos 14 dias, foi de 317.

A pressão sobre os cuidados de saúde também apresenta uma tendência decrescente. O relatório mostra que o número de internados em unidades hospitalares de cuidados intensivos em Portugal continental demonstra "uma tendência estável a decrescente, correspondendo a 66% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas".

A variante Delta, com origem na índia, continua a ser dominante em todas as regiões do país, "com uma frequência relativa de 98,9% dos casos avaliados na semana 30/2021 (26 de julho a 1 de agosto) em Portugal"

O índice de transmissibilidade (Rt) é, a nível nacional, de 0,95, "indicando uma tendência decrescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2". No Alentejo é superior, de 1,01, mas "corresponde a uma tendência de incidência aproximadamente constante nesta região".

De acordo com o relatório, nos últimos sete dias houve uma diminuição no número de testes para deteção do SARS-CoV-2, sendo que pelo menos 94% dos casos de infeção foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e em 78% dos casos foram "rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos".

A proporção de casos de infeção notificados com atraso aumentou esta semana para 4,4% (na semana passada foi de 3,6%), mas mantém-se abaixo do limiar de 10,0%, ressalva o documento.

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