Acidente com ferry no Terreiro do Paço faz três dezenas de feridos - TVI

Acidente com ferry no Terreiro do Paço faz três dezenas de feridos

  • Redação
  • EC - Notícia atualizada às 17:18
  • 25 jan 2017, 09:11

Feridos são passageiros que estavam de pé junto à borda do navio que estava prestes a atracar. Trata-se de um catamaran da Soflusa que vinha da margem sul do rio Tejo

Um acidente com um ‘ferry’ de passageiros que atracava no cais fluvial do Terreiro do Paço, em Lisboa, fez 37 feridos ligeiros. 

O barco embateu no cais fluvial devido às más condições de visibilidade. Os feridos são passageiros que estavam de pé junto à borda do navio que estava prestes a atracar.

O acidente aconteceu quando a embarcação estava a atracar. Trata-se de uma embarcação da Soflusa que vinha do Barreiro com destino ao cais Sul/Sueste e que ao atracar embateu. As pessoas, com a ânsia de sair, já estavam de pé junto às portas de saída, coisa que não deve acontecer. As pessoas devem permanecer sempre sentadas”, adiantou José Isabel, capitão do Porto de Lisboa.

Alguns feridos foram levados em seguida para os hospitais de Santa Maria, S. José, S. Francisco Xavier e Maternidade Alfredo da Costa. Na embarcação seguiam 561 passageiros.

Nenhum deles inspira cuidados, só um deles tinha uma fratura evidente no membro inferior", apontou José Isabel.

Trata-se de um catamaran da Soflusa que vinha da margem sul do rio Tejo. O ‘ferry’ fazia a ligação Barreiro – Lisboa. A mesma fonte indicou que o serviço decorre normalmente, uma informação dada também por uma funcionária da estação, que acrescentou haver apenas alguns pequenos atrasos de cinco ou 10 minutos.

José Isabel disse ainda que a embarcação não terá sofrido danos.

Uma fonte da Transtejo, grupo ao qual pertence a Soflusa, adiantou que a transportadora está a acompanhar a situação, devendo em breve pronunciar-se sobre o acidente.

No local estiveram oito viaturas e 36 elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros, entre 10 a 20 elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), 10 elementos da Polícia Marítima, cinco da Proteção Civil municipal e "muitos elementos" da Polícia de Segurança Pública (PSP).

O socorro foi rápido e, além de rápido, foi muito bem coordenado", vincou José Isabel, assinalando que "o incidente foi às 08:30 e às 08:40/08:45 já [lá] estava o socorro".

 

Nevoeiro é uma “hipótese entre muitas” para causa de acidente

O presidente do conselho de administração da Transtejo e da Soflusa afirmou desconhecer as causas do acidente, admitindo que o nevoeiro possa ter motivado o embate.

Questionado pelos jornalistas, José Bagarrão disse que esta "é uma das hipóteses entre muitas que podem ter estado na origem do acidente", referindo que "a comissão de inquérito que vai ser nomeada pela empresa é que vai apurar as causas".

O responsável adiantou que a embarcação é o catamarã “Antero de Quental”, "navio que está em perfeitas condições e com certificado de navegabilidade, e com todas as operações de manutenção em dia".

Apesar do embate, continua "em condições de navegabilidade, mas tem de sofrer reparação" e também inspeção.

Já o comandante do ‘ferry', que esteve a prestar declarações às autoridades, "é uma pessoa experiente".

Foi feito teste de alcoolemia e acusou zero", adiantou José Bagarrão.

 

Velocidade de ‘ferry’ que embateu em Lisboa não era a mais adequada

Por sua vez, o comandante do Porto de Lisboa admite que o ferry não circulava à velocidade "mais adequada".

A velocidade certamente que não era [a mais adequada], isso não resta dúvidas. Agora, foi prejudicada pela falta de visibilidade", disse José Isabel à agência Lusa, falando numa "má avaliação" da parte do comandante.

"Ao vir com essa velocidade - o comandante pensava que estava mais longe - acabou por embater no cais", concretizou.

Falando aos jornalistas, um passageiro que estava na embarcação da Soflusa contou que "o barco abrandou, mas não deu tempo e bateu no cais".

Na altura em que abrandou, [as pessoas] puseram-se de pé para sair, mas não contavam que embatesse", precisou Luís Filipe, dando conta de um "nevoeiro cerrado".

As autoridades vão agora investigar as causas do incidente.

O grupo Transtejo pretende ter o relatório preliminar do inquérito ao acidente com um catamarã, que ocorreu esta manhã no Terreiro do Paço, em Lisboa, concluído até sexta-feira, indicou a empresa num comunicado.

"O Conselho de Administração determinou a instauração imediata de um inquérito interno para apuramento das circunstâncias desta ocorrência, cujo relatório preliminar estará concluído até ao final da próxima sexta-feira, dia 27", refere o grupo Transtejo, responsável pelas ligações fluviais no rio Tejo, no documento.

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