Uma réplica da estátua de Dom Sebastião, derrubada por um turista em 2016, foi esta quarta-feira colocada no local da anterior, na fachada da estação do Rossio, em Lisboa, informou a Infraestruturas de Portugal (IP).
A réplica da estátua esta quarta-feira colocada no nicho da fachada da Estação Ferroviária do Rossio foi uma produção adjudicada pela IP ao escultor e restaurador Pedro Lino, da firma Pigmento Efémero – Artes e Restauro.
A opção por colocar uma réplica na fachada “deve-se ao facto de a escultura original estar vulnerável, por ter perdido propriedades físicas e químicas devido à qualidade da pedra e à idade da mesma”, salientou a empresa pública.
Foi hoje colocada no nicho da fachada da Estação Rossio uma réplica da estátua de D. Sebastião, destruída em 2016.
— Infraestruturas de Portugal (@Infra_PT) July 21, 2021
A estátua original será colocada no átrio inferior da estação, num local visível, mas protegida por uma estrutura de vidro.
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A réplica foi executada em calcário branco semirijo por Pedro Lino, que estudou Cantaria Ornamental na Escola de Artes e Ofícios da Batalha, fez uma especialização em Conservação e Restauro em Lisboa e colabora com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
A produção da réplica demorou cerca de quatro meses a partir de moldes e contramolde do modelo original.
A estátua original, da autoria do escultor francês Gabriel Farail (1838-1892), decorava a fachada neogótica do edifício da estação de comboios do Rossio, projetado por José Luís Monteiro e inaugurado em 11 de junho de 1890.
Em maio de 2016, a estátua foi derrubada e desfeita em 90 fragmentos quando um turista tentou tirar uma ‘selfie’ com a figura do rei português.
Os fragmentos foram recolhidos na totalidade e a estátua original “foi restaurada peça a peça, num trabalho moroso e de elevado grau de complexidade”, pela conservadora Bruna Pereira de Oliveira, da empresa Água de Cal, tendo sido concluído em agosto de 2020.
A estátua original está guardada no Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, em Lisboa, e irá ser colocada no átrio inferior da estação, num local visível, mas protegida por uma estrutura de vidro, cujo projeto aguarda a apreciação da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), revelou a IP.