Quem é a máfia bengali que persegue e explora lojistas no Martim Moniz? - TVI

Quem é a máfia bengali que persegue e explora lojistas no Martim Moniz?

TVI sabe que Oliur Chowdhury é o líder da organização clandestina que semeia o terror em busca de contratos de trabalho que, posteriormente, são vendidos no Bangladesh a quem deseja migrar para Portugal

A TVI  sabe que há desenvolvimentos no caso da guerra de gangues, no Martim Moniz, em Lisboa. A Polícia Judiciária suspeita que existe uma organização clandestina de crime organizado, uma "máfia" de venda de contratos de trabalho a imigrantes do Bangladesh.

Os três homens detidos, na terça-feira, são suspeitos de terem perseguido, ameaçado e agredido proprietários de lojas no bairro da Mouraria. Foi-lhes decretada nesta quarta-feira a medida de coação de prisão preventiva.

As vítimas falam numa “máfia bengali”, que exerce controlo e poder sobre centenas de lojas e imigrantes na capital. Os crimes terão ocorrido entre setembro de 2019 e janeiro de 2020.

A TVI sabe que o esquema descrito é muito mais complexo do que aparenta. Tudo parte de Oliur Chowdhury, líder da operação, que tem controlo sobre centenas de lojistas bengali na Mouraria.

Oliur coage os lojistas para obter contratos de trabalho que, posteriormente, vende a cidadãos bengali que desejem migrar para Portugal e necessitem de um vínculo laboral para ter direito ao título de residência.

Os cidadãos do Bangladesh pagam entre 2.500 e 3 mil euros pelo documento, mesmo sem trabalharem efetivamente nas lojas. Com o contrato de trabalho pedem o título de residência ao SEF e passam a poder movimentar-se livremente no Espaço Shengen.

Os proprietários que não colaborassem no esquema, sofriam consequências. As represálias vão desde ameaças e agressões físicas até tentativas de homicídio.

Alguns dos homens que desempenham estes trabalhos são os três suspeitos detidos pela PJ, na terça-feira. São todos parentes de Oliur. Khaledur e Mukitur Chowdhury são filhos do líder da organização. Aminur terá outra ligação familiar.

Os suspeitos de 31,32 e 36 anos terão perseguido e agredido vários proprietários dos espaços comercias de tal forma que alguns deles tiveram de fugir de Lisboa.

Na sequência da investigação. A PJ fez três buscas domiciliarias, onde apreenderam uma arma de fogo, várias catanas, facas e tacos de basebol que seriam utilizados pelos agressores.

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