Reclamações duplicam em 2007 - TVI

Reclamações duplicam em 2007

  • Portugal Diário
  • 12 mar 2008, 16:40

ASAE e ANACOM foram as entidades que receberam mais queixas dos consumidores

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As queixas registadas nos livros de reclamações quase duplicaram no ano passado face a 2006, sendo os principais destinatários a ASAE, responsável pela segurança alimentar e económica, e a ANACOM, pelas comunicações, noticia a Lusa.

Em 2007 foram comunicadas à Direcção-geral do Consumidor um total de 120.219 reclamações, contra 81.816 no ano anterior, segundo um comunicado hoje divulgado pela Secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor.

Desse total, mais de 74 mil reclamações foram dirigidas à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), respeitando à prestação defeituosa de serviços ou produtos, atendimento deficiente ou assistência pós-venda deficiente.

Saiba o que acontece às suas queixas

A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) recebeu mais de 18 mil reclamações. «No sector de comunicações electrónicas [as queixas] referem-se aos equipamentos utilizados, atendimento, assistência e erros na facturação. No sector dos serviços postais referem-se ao atendimento do cliente, falta de tentativa de entrega e atraso na entrega da correspondência», lê-se no comunicado.

A área dos transportes foi alvo de 5.676 reclamações, essencialmente por causa de atendimento deficiente ou demorado, problemas com os títulos de transporte, incumprimento de horários, cartões electrónicos demorados, falta de urbanidade no atendimento e falta de condições de comodidade ou higiene dos veículos de passageiros.

Para o Banco de Portugal foram enviadas mais de sete mil reclamações sobre o funcionamento interno das instituições, entre as quais demora e falta de cortesia no atendimento e assuntos relacionados com cheques, crédito à habitação e movimentação de contas.

Os sectores dos seguros (1.780 queixas), serviços energéticos (1.284), águas e resíduos (618), construção e imobiliário (121) e actividades culturais (993) foram também alvo de queixa nos livros de reclamações.

Na área da saúde, a entidade reguladora (ERS) registou 3.360 reclamações no ano passado, referentes a tempos de espera, qualidade da assistência administrativa e de cuidados de saúde.

O turismo foi motivo de 3.574 queixas sobre má qualidade dos serviços prestados, incumprimento do contrato e preços. As câmaras municipais remeteram 348 queixas à Direcção-geral do Consumidor, relacionadas com a falta de profissionalismo, recusa ou inexistência de livros de reclamações, preço exagerado, facturação incorrecta ou falta de condições de higiene.

Entre 2006 e Janeiro último foram vendidos mais de 390 mil exemplares de livros de reclamações, no valor de 6,1 milhões de euros.
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