Aulas há três semanas e ainda sem manuais escolares - TVI

Aulas há três semanas e ainda sem manuais escolares

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BE pede explicações ao Ministério da Educação. Pais falam em ruptura de stocks e encomendas feitas em cima da hora

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O Bloco de Esquerda (BE) questionou esta quinta-feira o Ministério da Educação sobre as medidas que a tutela pretende adoptar no futuro para garantir que todos os manuais escolares se encontrem disponíveis a tempo, noticia a Lusa.

«Nos últimos dias tem vindo a conhecer-se a verdadeira dimensão e gravidade do problema decorrente da inexistência de manuais escolares nas livrarias, que faz com que milhares de alunos tenham iniciado há três semanas o ano lectivo, sem dispor ainda destes materiais essenciais de aprendizagem nas diferentes disciplinas», refere Cecília Honório.

A deputada bloquista pretende também saber se o Governo tenciona responsabilizar os editores de manuais escolares «pelo fornecimento do mercado em tempo útil, respondendo igualmente pelos prejuízos que o atraso, a suspensão ou a interrupção injustificados causem ao regular funcionamento do ano lectivo».

O que dizem as associações de pais

O vice-presidente da Confederação Nacional de Associação de Pais (CONFAP), António Amaral explicou à Lusa que os atrasos se devem a uma ruptura de «stocks» que não é gerida entre escolas e editoras.

«O que está a falhar é a capacidade de produção porque [as editoras] não programaram a procura», explicou António Amaral, acrescentando que a CONFAP está a alertar as escolas no sentido de «consultarem as editoras» para saberem que livros estão disponíveis.

Por outro lado, a porta-voz da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), Maria José Viseu, apontou o atraso das encomendas por parte dos pais como a principal causa pela falha nas entregas, esclarecendo que «quem encomendou em Agosto não teve problemas».

Maria José Viseu destacou Lisboa, Coimbra e Porto como as regiões mais afectadas pelo atraso na entrega de manuais escolares por parte da editora Leya, sublinhando que o ensino básico, nomeadamente, o terceiro ciclo é o nível mais prejudicado pela situação.

Grupo Leya explica

Entretanto, o grupo editorial Leya já fez saber que está a fazer um balanço dos atrasos na entrega dos manuais escolares que publica e vai prestar esclarecimentos na segunda-feira.
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