PGR confirma arresto das contas bancárias de Isabel dos Santos - TVI

PGR confirma arresto das contas bancárias de Isabel dos Santos

A justiça portuguesa mandou arrestar as contas bancárias da empresária angolana por suspeita de gestão danosa e evasão fiscal num processo que está a ser investigado em Angola. A Efacec esclareceu que não tem as contas congeladas "nem em Portugal nem em qualquer outro país”, sublinhando que a sociedade e os seus acionistas “são entidades distintas”

O Procuradoria-Geral da República confirmou, esta terça-feira, à TVI que o Ministério Público requereu o arresto de contas bancárias de Isabel dos Santos, no âmbito de pedido de cooperação judiciária internacional das autoridades angolanas.

Confirma-se que o Ministério Público requereu o arresto de constas bancárias, no âmbito de pedido de cooperação judiciária internacional das autoridades angolanas", lê-se na nota enviada à redação. 

A justiça portuguesa mandou arrestar as contas bancárias da empresária angolana por suspeita de gestão danosa e evasão fiscal num processo que está a ser investigado em Angola e envolve uma transferência de 115 milhões de dólares.

Efacec diz que não tem contas congeladas e que opera normalmente

A Efacec esclareceu esta terça-feira que não tem as contas congeladas "nem em Portugal nem em qualquer outro país”, sublinhando que a sociedade e os seus acionistas “são entidades distintas”.

Garantiu ainda que “está a operar a todos os níveis”, continuando a desenvolver e a participar em projetos nas áreas da energia, ambiente e mobilidade.

No documento, o Conselho de Administração da Efacec expressou também “o seu agradecimento pelo apoio fundamental que tem recebido por parte dos seus clientes, fornecedores, instituições bancárias e colaboradores”.

Em 24 de janeiro, a Efacec Power Solutions anunciou que a empresária angolana Isabel dos Santos, envolvida no denominado processo 'Luanda Leaks', decidiu "sair da estrutura acionista" da empresa, "com efeitos definitivos", tendo os seus representantes renunciado aos cargos no grupo.

Em comunicado divulgado na altura, o Conselho de Administração da Efacec Power Solutions refere que Isabel dos Santos informou o órgão que "decidiu sair da estrutura acionista" do grupo, "com efeitos definitivos".

Assim, na sequência desta decisão, "Mário Leite da Silva renunciou ao cargo de presidente do Conselho de Administração", bem como o advogado "Jorge Brito Pereira", que "renunciou ao cargo de presidente da assembleia-geral da Efacec Powe Solutions, ambos com efeito imediato".

Em outubro de 2015, através da Winterfell Industries, a empresária adquiriu a maioria do capital da Efacec Power Solutions, passando Mário Leite da Silva - 'braço direito' de Isabel dos Santos - a presidir o Conselho de Administração.

Um consórcio de jornalismo de investigação revelou no dia 22 de janeiro mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de ‘Luanda Leaks’, depois de analisar, ao longo de vários meses, 356 gigabytes de dados relativos aos negócios de Isabel dos Santos entre 1980 e 2018, que ajudam a reconstruir o caminho que levou a filha do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos a tornar-se a mulher mais rica de África.

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