Cães «de luta»: sofrer para vencer - TVI

Cães «de luta»: sofrer para vencer

Pitbull [Arquivo]

Algumas raças são usadas nos treinos como «sacos de pancada» de outras mais agressivas. Husky são fechados durante dias com fome e frio para se tornarem violentos. Cães obrigados a correr com pesos atados ao pescoço

As lutas de cães são consideradas por muitos como um desporto. Assim, o treino dos animais faz parte da preparação dos «campeões». A violência dos treinos ou os maus tratos sofridos parecem fazer parte do «desporto».

Nos combates de elite, os cães de raça são sujeitos a um período de preparação. Durante dois, três meses são sujeitos a uma dieta especial e a muito exercício físico. O treino exige duas horas diárias de corrida em passadeira (propositadamente construída para cães), longas caminhadas e sprints com pesos atados ao pescoço, apurou o PortugalDiário junto de fonte policial.

Já em combate, e para impedirem a exaustão dos animais, os ajudantes dos criadores estão preparados para aplicar uma injecção de reanimação cardíaca. Podem também utilizar um agrafador de sutura imediata nas feridas mais profundas.

Nos treinos são também utilizados animais de outras raças que não de combate. Os labradores são animais bastante resistentes e incapazes de atacar e acabam por ser utilizados como meros «sacos de pancada». Já os husky sofrem um tratamento de choque que os torna extremamente agressivos: são fechados durante dias a fio sem água, comida e luz. Depois, são postos à prova perante outros cães sem terem acesso a alimento. O treino repete-se até o cão atingir o limite da agressividade.

As lutas que ocorrem nos bairros degradados terminam com os cães feridos a serem transportados para os veterinários que existem nas imediações. Alguns animais morrem durante as lutas ou, devido à gravidade dos ferimentos, são abatidos nos locais.
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