Madeleine morta por intruso? - TVI

Madeleine morta por intruso?

  • Portugal Diário
  • 26 nov 2007, 09:55
Jane Tanner e o esboço do homem que viu quando Madeleine desapareceu

Polícia Judiciária de Portimão volta a admitir a hipótese de Maddie ter sido atacada por um estranho. Em causa está o testemunho da amiga dos McCann que afirma ter visto alguém suspeito na noite do desparecimento. Advogado do casal, em Portugal, diz que PJ agiu «tarde» e detectives espanhóis estudam relação entre Maddie e Joana. «Estamos quase a apanhar os raptores»

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A Polícia Judiciária tem uma nova tese sobre o homicídio de Madeleine McCann e admite que a menina inglesa possa ter sido morta no apartamento do Ocean Club por um intruso, noticia o jornal Público na edição desta segunda-feira.

Segundo avança o jornal, o testemunho de uma das amigas do casal, que também passava férias na Praia da Luz, é a base desta tese. Jane Turner afirmou ter visto nessa noite um homem com uma criança ao colo, junto ao apartamento. A britânica já fez uma discrição do que viu na noite do desaparecimento e os McCann divulgaram o retrato robô do alegado suspeito.

A PJ tem também em conta que era fácil perceber as rotinas do casal McCann e entrar no apartamento. Um grito de Maddie ou qualquer outro imprevisto poderá ter sido o suficiente para que a violência tivesse tido lugar. O alegado intruso terá depois transportado e escondido o corpo da menina.

Apesar de aparentemente a PJ estar a trabalhar várias hipóteses no desparecimento de Maddie, o advogado do casal britânico em Portugal, Carlos Pinto de Abreu, em entrevista ao Diário de Notícias volta a colocar os holofotes na actuação da polícia portuguesa e na mediatização do processo.

«É mais uma questão de mediatização de um determinado processo. E, neste caso, a mediatização atingiu um nível internacional. E a partir daí houve uma reacção diria¿tardia face aquilo que se exigiria num processo desta natureza», adiantou.

O advogado afirma também que «todos os cenários» são ainda possíveis e que a investigação é sobre o desaparecimento de Madeleine e não exclusivamente sobre a sua morte.

Maddie e Joana separadas por 20 km

Os detectives espanhóis que investigam o caso admitiram ao mesmo jornal que «pode existir uma relação» entre o desaparecimento de Joana Cipriano, assassinada em Setembro de 2004 pela mãe e por um tio, e o caso de Maddie. Em ambos os processos o corpo das vítimas não apareceu.

A equipa contratada não acredita na tese da morte da menina britânica e por isso segue outras pistas. A proximidade das duas zonas, uma distância de 20 quilómetros, adensa o mistério.

Esta mesma agência espanhola de detectives, a Método 3, estará a ser posta em causa, segundo o jornal 24 horas tendo em conta que em 1995 cinco membros fundadores foram detidos por espionagem política e industrial. O processo acabou por ser arquivado.

O mesmo jornal escreve também que o casal McCann e os amigos que estiveram em Portugal estão livres de telefonar e nunca foram escutados. A polícia britânica confirma que não foi recebido qualquer «pedido das autoridades portuguesas nesse sentido e isso teria de ser devidamente analisado».
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