Funchal: queda de cavalo atrapalha carnaval

Milhares de pessoas participaram esta terça-feira no cortejo de Carnaval trapalhão da Madeira com os disfarces mais díspares e satirizando alguns aspectos da vida social madeirense e nacional, escreve a Lusa.

Explosão de cor encerra desfiles no Sambódromo (fotos)

Pessoas disfarçadas de padres, freiras, travestis, diabos e de bruxas, entre outras máscaras, compuseram o cortejo carnavalesco trapalhão do Funchal que foi marcado por um incidente quando um cavalo caiu perto da assistência, ferindo ligeiramente quatro crianças.

Segundo contou à Agência Lusa uma testemunha e familiar das crianças, o cavalo, que puxava um atrelado, ficou «bravo» quando o proprietário o chicoteou com violência por se ter imobilizado.

Diversos carros alegóricos percorreram as principais ruas da cidade do Funchal subordinados a várias temáticas.

O alvo «Sócrates»

A «morte de Sócrates leva madeirenses a festejar», ou o «casamento do ânus» numa paródia ao casamento entre homossexuais, entoando por altifalante: «eu só caso porque sou obrigado pelo povo madeirense, mas eu sou sempre homem, o vilão da terra e o engenheiro Sócrates vai ser a mulher», ou o «convento com o caldeirão dos pecados», ou ainda o carro do «Povo Livre, com Alberto João Jardim que dá as espetadas, o cimento, o bolo do caco e o tachinho», entre outros.

O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, que assistiu a passagem do cortejo das varandas da Secretaria Regional do Turismo e Transportes, referiu ser um retrato da «do costume, da alegria, boa disposição e da maneira de ser da cultura madeirense».

«Eu faço tantas partidas aos outros e se eu sou tão corrosivo com as outras pessoas que era o que faltava eu também não aceitar que fossem corrosivos ou brincassem comigo», disse ainda quando instado a dizer se ficava melindrado com algumas críticas a seu respeito.

A secretária regional do Turismo e Transportes, Conceição Estudante, considerou que o Carnaval «correu muito bem» com uma ocupação hoteleira de 74 por cento «cerca de seis a sete pontos percentuais acima do ano passado».