Estivadores na rua em Lisboa contra precariedade laboral - TVI

Estivadores na rua em Lisboa contra precariedade laboral

Várias centenas de trabalhadores dos portos da Figueira da Foz, Leixões, Sines e Algarve, além dos da capital, desfilam para o Parlamento ao som do rebentamento de petardos

Várias centenas de estivadores estão esta quinta-feira a desfilar em Lisboa desde as 18:30, em direção à Assembleia da República, numa marcha de protesto contra a precariedade, que se faz notar pelo rebentamento de petardos.

A abrir a manifestação, vão algumas dezenas de trabalhadores portuários, vestidos de preto e de cara tapada, com a bandeira portuguesa, segurando uma faixa que dá o mote ao protesto: "precariedade nem para os estivadores nem para ninguém, todos por todos, porto a porto, empresa a empresa, setor a setor".

De acordo com a Lusa, o desfile conta com a participação de trabalhadores dos portos da Figueira da Foz, Leixões, Sines e Algarve, além dos de Lisboa.

Os manifestantes vestem, todos, camisolas pretas com a bandeira nacional estampada nas costas e gritam palavras de ordem impercetíveis, de tão altas que são proferidas e devido ao rebentamento contínuo de petardos.

Estivadores em protesto em Lisboa [Foto: Sérgio Furtado]

Uma delegação da CGTP, liderada por José Manuel Oliveira, e outra do Bloco de Esquerda, liderada pelo deputado José Soeiro, juntaram-se ao protesto.

Os estivadores estão em luta contra a precariedade laboral, enquanto o sindicato do setor continua a negociar com os operadores do Porto de Lisboa um novo Contrato Coletivo de Trabalho para minimizar o impacto da lei em vigor desde 2013.

O grande alvo dos estivadores é a lei do trabalho portuário (Lei n.º 3/2013), aprovada pelo anterior Executivo de Passos Coelho com os votos favoráveis do PS e que o atual Governo já garantiu que não vai alterar alegando tratar-se de uma adaptação à legislação comunitária".

O Sindicato dos Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal contesta a lei do trabalho portuário por considerar que "veio introduzir fatores de precariedade acrescida".

 

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