Lisboa luta por «Tibete livre» - TVI

Lisboa luta por «Tibete livre»

«Direitos humanos para os tibetanos» ouviu-se esta terça-feira em Lisboa

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Cerca de 50 pessoas reuniram-se esta terça-feira, 50 anos após a invasão chinesa no Tibete, frente à Embaixada da Republica Popular da China, em Lisboa, para demonstrar a sua solidariedade com o povo tibetano.

«Direitos humanos para os tibetanos», «Ontem por Timor, hoje pelo Tibete», «Libertem o Tibete» e «Libertem os presos políticos», foram as palavras de ordem desta manifestação.

Esta «concentração pacífica», assim apelidada por Alexandra Correia, porta-voz e coordenadora do Grupo de Apoio ao Tibete (GAT), tem como objectivo dar voz ao Tibete e relembrar que este país «não tem direitos ao nível da liberdade de expressão, de opinião ou associação» conforme afirma Paulo Borges, coordenador do GAT.

Assinalam-se esta terça-feira os 50 anos da revolta tibetana contra a invasão chinesa, onde faleceram milhares de tibetanos devido ao punho chinês e após a qual desapareceram várias pessoas, entre as quais Pancha Lama, desaparecido desde os sete anos.

Tibete «completamente fechado»

O Tibete encontra-se «completamente fechado». Segundo a coordenadora do GAT, «os telemóveis dos tibetanos não funcionam». Não há turistas nem jornalistas presentes em solo tibetano e «os fóruns, os blogues e os sites tibetanos deixaram de funcionar no dia 8 de Março», no mesmo dia em que foi lançado um site, por parte do governo chinês, dedicado aos direitos humanos no Tibete.

Alexandra Correia sublinhou que «os tibetanos não têm direitos no Tibete», pois são «tamanhas as violações dos direitos deste povo que por si só é pacífico, que é mal tratado não só física mas também mentalmente.»

Durante a manifestação, circulavam quatro cartas, em forma de petição para a libertação de Dhondup Wangchen, realizador Tibetano, raptado após a exibição do filme «Leaving Fear Behind: tibeteans speak on tibet, china and the olympics», que irão ser enviadas ao Presidente da China, ao primeiro-ministro e uma cópia para a Embaixada da Republica Popular da China, em Lisboa. Paralelamente, circulava um abaixo-assinado endereçado a Thomas Mann, presidente do intergrupo do Tibete no Parlamento Europeu em que se apela ao reconhecimento do governo tibetano no exílio, resolução apresentada a 6 de Julho de 2000.
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