Força Aérea resgata cerca de mil migrantes no Mediterrâneo em três dias - TVI

Força Aérea resgata cerca de mil migrantes no Mediterrâneo em três dias

  • Redação
  • VF (atualizada às 19:25)
  • 8 jun 2016, 16:57
Naufrágio na costa da Líbia [Foto: Reuters]

Nos últimos dois anos, a Força Aérea já resgatou mais de 5600 pessoas que tentavam atravessar o mar Mediterrâneo para chegar à Europa

A Força Aérea Portuguesa anunciou, esta quarta-feira, que participou, em três dias, no resgate de cerca de mil migrantes no mar Mediterrâneo, aumentando para mais de 5600 o número de resgatados nestas missões nos últimos dois anos.

Segundo um comunicado, a Força Aérea colaborou, na terça-feira, "no resgate de cerca de 250 migrantes ilegais, no Mar Mediterrâneo", tendo o navio que os transportava acabado por afundar.

Na mesma missão foi localizada uma embarcação de pesca que se encontrava à deriva desde 27 de maio, dia em que foi alvo de uma missão de salvamento, constituindo-se como um perigo para a segurança marítima", relata.

No sábado, também já tinha sido realizada uma dupla missão de resgate, na qual participou a Força Aérea, tendo sido salvas cerca de 390 pessoas numa embarcação e cerca de 360 numa outra.

Em poucos dias, a Força Aérea ajuda a salvar cerca de mil migrantes na Operação TRITON da FRONTEX", enumera.

Segundo o mesmo comunicado, a "Força Aérea Portuguesa iniciou a participação nestas missões de Controlo das Fronteiras Externas Europeias em 2007, realizando-as regularmente desde 2011".

"Nos últimos dois anos, as aeronaves C-295M e P3C CUP+ da Força Aérea já colaboraram no resgate de mais de 5.760 pessoas no Mar Mediterrâneo", resume.

Polícia Marítima ajuda no resgate de 17 refugiados em Lesbos

A equipa da Polícia Marítima (PM), em missão na ilha grega de Lesbos, apoiou no resgate e desembarque de 17 refugiados e migrantes que se encontravam num barco de fibra, indicou a Autoridade Marítima Nacional (AMN).

Em comunicado, a AMN refere que os 17 refugiados e migrantes estavam parados num barco próximo da ilha grega de Skala Sikanimea e foram transportados pela Polícia Marítima em segurança, tendo uma mulher que se encontrava debilitada e indisposta recebido tratamento médico.

Entre os 17 refugiados e migrantes estavam duas crianças, um bebé recém-nascido, oito homens e seis mulheres, uma delas com 80 anos de idade, sendo quase a totalidade de nacionalidade síria, adianta a AMN.

Segundo a AMN, a equipa da PM recebeu, durante uma patrulha de controlo de fronteiras da União Europeia, a informação que um barco estava parado próximo de Skala Sikanimea, tendo depois rebocado a embarcação para o porto e efetuado o desembarque em segurança.

A AMN refere que os migrantes afirmaram que o facilitador os tinha abandonado e se atirado à água e nadado até ao Cabo de Korakas, tendo a equipa de resgate portuguesa encontrado o migrante curdo, que estava muito nervoso e tinha na sua posse centenas de euros.

A equipa da PM entregou este migrante às autoridades gregas para posterior averiguação da possibilidade de se tratar de um facilitador.

A AMN refere ainda que, após terem sido assistidos, os 17 refugiados e migrantes foram registados pelas autoridades gregas e pela agência europeia FRONTEX.

Uma equipa da Polícia Marítima, composta por 13 elementos, está no Mar Egeu, na Grécia, desde 01 de outubro do ano passado, no âmbito de uma operação da Agência Europeia da Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia (Frontex).

A operação, denominada “Poseidon Sea 2015”, tem “o objetivo de cooperar no controlo e vigilância das fronteiras marítimas gregas e no combate ao crime transfronteiriço".

Segundo a AMN, a patrulha portuguesa resgatou, até ao momento, 2.976 migrantes e refugiados, dos quais 806 eram bebés e crianças e 642 eram mulheres, e deteve cinco facilitadores.

A PM vai manter o seu apoio à guarda-costeira Grega até 30 de setembro de 2016.

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