Marcelo acha que Museu Sousa Mendes terá milhares de visitantes - TVI

Marcelo acha que Museu Sousa Mendes terá milhares de visitantes

  • PD
  • 3 abr 2017, 16:22

Presidente da República espera que casa que foi de Aristides de Sousa Mendes possa abrir ao público em 2019. E acredita que será visitada por descendentes dos judeus que o cônsul salvou

Esta segunda-feira, o Presidente da República expressou o seu desejo de que a Casa do Passal, em Cabanas de Viriato, no concelho de Caregal do Sal, possa abrir ao público em 2019, como museu dedicado à vida e obra de Aristides de Sousa Mendes.

A Casa do Passal pertenceu ao antigo cônsul português em Bordéus, que salvou milhares de judeus durante a II Guerra Mundial. Por lá passaram e foram acolhidos muitos refugiados que fugiam dos nazis durante a II Guerra Mundial. Foi declarada Monumento Nacional em 2011. Já Aristides de Sousa Mendes, foi condecorado esta segunda-feira, a título póstumo, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Em Cabanas de Viriato, no concelho de Carregal do Sal, Marcelo Rebelo de Sousa esteve presente no dia em que se assinalam os 63 anos da morte de Aristides de Sousa Mendes e que coincide "com a segunda fase das obras na sua casa".

O Presidente da República disse esperar que o concurso de ideias para a segunda fase das obras de requalificação da Casa do Passal esteja fechado até ao final do ano, para se realizarem obras em 2018 e o museu abrir em 2019.

O Governo lançou recentemente a última fase da requalificação da Casa do Passal, num investimento de 800 mil euros.

A casa foi alvo de uma primeira intervenção em 2014, ao nível das paredes exteriores e da cobertura. Na intervenção agora prevista será dado o arranque definitivo para a obra final de requalificação e musealização.

Aristides "continua vivo"

Na opinião do Presidente, a abertura ao público da Casa do Passal levará a Cabanas de Viriato "milhares e milhares e milhares, não apenas de descendentes daqueles cujas vidas ele salvou" mas também gente que, nos Estados Unidos da América e na Europa, "se sente identificada com a sua luta, com o seu heroísmo, com a sua obra, e que gostaria de ter nesta casa um centro de respeito, de homenagem, um museu".

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, 63 anos após a sua morte, Aristides de Sousa Mendes "continua vivo" e que "quem salva uma pessoa salva a humanidade".

Ele salvou várias vezes a humanidade, milhares de vezes e, portanto, continua vivo e ainda mais vivo porque assistimos hoje a uma realidade parecida com aquela que ele viveu no seu tempo", frisou.

O Presidente da República aludiu aos "refugiados que querem encontrar uma terra de liberdade, fugindo da guerra, da perseguição, da injustiça, da miséria".

Hoje percebe-se na Europa outra vez ainda melhor o que foi o horror no tempo da II Guerra Mundial e como é que, no meio daquele horror, aquele herói conseguiu salvar milhares de vidas", realçou Marcelo Rebelo de Sousa.

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