Marcelo na Beira para ver como os portugueses ajudaram após o ciclone Idai - TVI

Marcelo na Beira para ver como os portugueses ajudaram após o ciclone Idai

  • RL/AG
  • 16 jan 2020, 11:32

Presidente da República classificou a cidade da Beira como "um ponto crucial" na sua deslocação a Moçambique

O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, visita esta quinta-feira a cidade da Beira, a região mais afetada pelos ciclones de 2019, que classificou como "um ponto crucial" na sua deslocação a Moçambique.

O chefe de Estado, que se encontra em Moçambique desde segunda-feira, dedica esta quinta-feira à cidade da Beira, na região centro do país, "onde irá, tal como havia prometido, inteirar-se do processo de recuperação naquela região muito fustigada pelos ciclones que assolaram Moçambique em 2019", segundo uma nota da Presidência da República.

"Tinha de ser um ponto crucial nesta presença em Moçambique", referiu Marcelo Rebelo de Sousa, esta quarta-feira, aos jornalistas em Maputo, onde assistiu à cerimónia de investidura de Filipe Nyusi para o segundo mandato presidencial.

O Presidente português encontra-se no país lusófono desde segunda-feira e regressa a Lisboa no sábado, com um programa centrado na tomada de posse de Filipe Nyusi, Presidente moçambicano, para um segundo mandato.

Marcelo recordou a mobilização solidária de Portugal para apoiar as vítimas dos ciclones em Moçambique ao justificar a deslocação à Beira.

A viagem será feita quinta-feira de manhã, pelas 10:30 locais (menos duas horas em Lisboa) num avião C-130 da Força Aérea Portuguesa, entre Maputo e a Beira, com regresso à capital moçambicana já de noite.

A visita do chefe de Estado português acontece dez meses depois de o ciclone Idai atingir a urbe onde vive meio milhão de habitantes, uma área degradada e impreparada para enfrentar a tempestade.

O Presidente vai visitar as obras de reconstrução do Hospital Central da Beira, unidade de referência no Centro de Moçambique, onde os blocos cirúrgico, de imagiologia e o banco de sangue foram reconstruídos com apoios portugueses e moçambicanos e voltaram a funcionar em novembro.

Até abril deverão ficar concluídas as obras nos blocos de psiquiatria, centro ortopédico, direção, banco de socorro e ginecologia.

Os trabalhos fazem parte de uma das cinco candidaturas de organizações não-governamentais (ONG) que na última semana foram escolhidas para receber 1,9 milhões de euros do Fundo de Apoio à Reconstrução e Desenvolvimento de Moçambique, criado pelo Governo português e que junta contribuições de diferentes origens: públicas, de câmaras municipais, associações, fundações e empresas.

Marcelo vai ainda reunir-se com a comunidade portuguesa residente na região e a cargo da qual estão vários negócios que sofreram diversos prejuízos.

Os ciclones Idai e Kenneth atingiram Moçambique em março e abril de 2019, respetivamente, e mataram quase 700 pessoas.

Foi a primeira vez que Moçambique foi atingido por dois ciclones de categoria extrema na mesma época das chuvas.

Na agenda do Presidente estão também previstas visitas ao consulado-geral de Portugal na Beira e à exposição "Futuros Presidentes" no Centro Cultural Português.

De volta a Maputo, Marcelo Rebelo de Sousa terá na sexta-feira um encontro com a equipa da cooperação técnico-militar em Maputo e um almoço com personalidades locais, no último dia da sua visita a Moçambique.

 

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