Sentença dos «skinheads» adiada - TVI

Sentença dos «skinheads» adiada

Julgamento de Skinheads

Doença de um dos membros do colectivo de juízes adia leitura do acórdão para quarta-feira

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A leitura do acórdão do julgamento do líder nacionalista Mário Machado e de outros 35 arguidos acusados de discriminação racial foi esta terça-feira adiada para quarta-feira devido a doença de um dos membros do colectivo de juízes.

Segundo disse à Lusa fonte ligada ao processo, o veredicto do julgamento, que se iniciou a 8 de Abril no Tribunal de Monsanto, Lisboa, sob fortes medidas de segurança, foi adiado para as 11:00 de quarta-feira.

Os 36 arguidos, conotados com o movimento «skinhead», foram pronunciados a 29 de Novembro de 2007 pelo crime de discriminação racial e outras infracções conexas, incluindo agressões, sequestro e posse ilegal de armas, após uma investigação efectuada pela Direcção Central de Combate ao Bandistismo (DCCB) da Polícia Judiciária, sob a direcção do Ministério Público (MP).

Durante as buscas realizadas pela DCCB da PJ, na fase de investigação, foram apreendidas diversas armas de fogo, munições, armas brancas, soqueiras, mocas, batões, tacos de basebol e diversa propaganada de carácter racista, xenófobo e anti-semita.

Sentença dos «skinheads» prevista para esta terça-feira

Líder dos skins libertado

Mário Machado, o único dos arguidos que estava em prisão preventiva aquando do início do julgamento em Abril, foi libertado a 12 de Maio, por decisão dos juízes de julgamento do Tribunal da Boa Hora.

Atendendo que o prazo máximo para a prisão preventiva de Mário Machado expirava a 18 de Junho (nessa altura perfazia 14 meses na cadeia) e tendo em conta que já havia sessões de julgamento marcadas para depois dessa data, os juízes consideraram que não se justificava manter o principal arguido em prisão preventiva até àquela data.

Em substituição da prisão preventiva e como medida de coacção foi decretada a Mário Machado a proibição de se ausentar da freguesia onde reside, a não ser para se deslocar para as audiências de julgamento.

Mário Machado, apontado como o líder do grupo Hammerskins em Portugal, conotado como de extrema-direita, ficou ainda proibido de contactar os restantes arguidos do processo, bem como de comprar ou usar armas ou outros objectos do género.

«Arrependido»

No dia seguinte a ser libertado, Mário Machado disse estar arrependido de alguns dos seus actos, justificando esse arrependimento com a «maturidade» e «o tempo que passou na prisão».

Reafirmou, contudo, ter-se sentido «um preso político em democracia», alegando que foi detido pelos seus «ideais».
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