Professores: Fenprof fala em «alguns avanços significativos» - TVI

Professores: Fenprof fala em «alguns avanços significativos»

Mário Nogueira (Lusa/Manuel de Almeida)

Nova ronda negocial com o Ministério da Educação resulta numa aproximação de posições sobre a mobilidade especial e alargamento de horário

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) considera que as negociações com o Ministério da Educação sobre questões como a mobilidade especial e o alargamento do horário semanal produziram «alguns avanços significativos».

No final de mais uma reunião no Ministério da Educação, Mário Nogueira afirmou que na terça-feira prosseguirá a ronda negocial, mas vincou que foram dados «passos importantes nas reuniões de hoje».

«Há aqui alguns aspetos que consideramos significativos e que não tínhamos anteriormente e que vão no sentido de se desfazer os anseios dos professores, nomeadamente quanto às regras da mobilidade, o não aumento dos horários semanais e salvaguardas muito importantes para os professores que lhes vai permitir soluções positivas», disse Mário Nogueira.

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O dirigente da Fenprof referiu que as reuniões de terça-feira vão ser «decisivas» e poderão dar resultados importantes que podem trazer estabilidade para os alunos.

Mário Nogueira assegurou que já recebeu um documento com propostas do Ministério da Educação e salientou que a Fenprof vai reunir-se ainda esta noite para discutir o conteúdo das propostas, as quais não quis adiantar.

Também por decidir ainda esta noite está o pré-aviso de greve às avaliações dos professores previstas para a próxima semana. A Fenprof, que pretende prolongar a greve às avaliações iniciada a 7 de junho, tem que decidir até à meia-noite de hoje se avança para a paralisação.

Na terça-feira, a partir das 10:00, os 10 sindicatos de professores voltam a reunir-se com responsáveis do Ministério da Educação para debater o documento hoje entregue pela tutela. Hoje, o Ministério da Educação e os sindicatos estiveram reunidos desde as 10:00 em quatro mesas negociais, encontros que se prolongaram até cerca das 21:30.

Ponto de partida

O presidente da Federação Nacional de Educação (FNE) admite que as propostas do Ministério da Educação para os professores «são um ponto de partida para continuar o trabalho e apostar na convergência».

Sem revelar o teor do documento, à saída da demorada reunião que manteve no Ministério da Educação, João Dias da Silva disse que as propostas «contêm alguns aspetos que significam alterações» em matérias como a mobilidade interna dos professores.

João Dias da Silva disse que «o documento não corresponde à totalidade das pretensões da FNE e que em alguns pontos se distancia das posições da organização sindical».

O dirigente considerou, contudo, que o Ministério da Educação deu «respostas para que as situações sejam tratadas» de acordo com as necessidades do sistema, mas também em «respeito pelos direitos dos professores».

O sindicalista vincou que ainda «não se está a falar de um acordo» com o Governo, mas assinalou ser possível chegar a «uma posição que possa acabar com a atual intranquilidade que se vive» no ensino.

João Dias da Silva adiantou que a FNE vai analisar o documento entregue pelo Ministério da Educação e que terça-feira volta à mesa de negociações.
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