Centro contra narcotráfico em Portugal - TVI

Centro contra narcotráfico em Portugal

  • Portugal Diário
  • 26 set 2007, 14:55

Combate ao tráfico de droga por via marítima é essencial a nível mundial

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O ministro da Justiça, Alberto Costa, anunciou hoje que vai funcionar em Portugal um centro de análise e operações contra o narcotráfico por via marítima, projecto que contará com os Estados Unidos como país observador.

Em declarações à Lusa, Alberto Costa justificou que o combate ao tráfico de droga é uma das preocupações «muito especiais» de Portugal no âmbito da Presidência da União Europeia. Nesse sentido, será assinado no próximo domingo um acordo internacional com vista à instituição e ao funcionamento em Portugal de um centro de operações contra o narcotráfico por via marítima.

O ministro falava após a sessão de abertura de uma reunião da Academia Europeia de Polícia em Lisboa (CEPOL), onde também esteve presente o director nacional da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro.

«[Este acordo] dá bem conta da importância que Portugal assume neste combate, que interessa não só a um vasto número de países membros da União Europeia como também aos Estados Unidos, que quiseram ser observador em relação a este centro», adiantou o ministro.

Alberto Costa avançou que a protecção de menores e o combate ao tráfico de pessoas são também dois objectivos muito importantes para Portugal que «terão realizações específicas durante o mês de Outubro», com a reunião informal dos ministros da Justiça e dos Assuntos Internos dos 27 membros da UE.

Na reunião, explicou Alberto Costa, foram analisadas novas formas de cooperação europeia ao nível da formação das polícias, ou seja, no que diz respeito a escolas, academias e centros de formação, com o «objectivo de harmonizar programas de formação e eleger temas onde é necessário reforçar competências das polícias europeias, de maneira que a sua cooperação seja mais fácil e mais eficaz e, portanto, o crime possa ser combatido em termos mais eficientes».

«Isso não quer dizer que não sejam abordados os temas mais actuais da criminalidade transfronteiriça, desde o terrorismo aos tráficos de pessoas e de crianças e de armas, pois os tráficos criminais são hoje em dia algo de muito preocupante no mundo contemporâneo», salvaguardou.

Para o ministro da Justiça, a cooperação ao nível da formação das polícias trará frutos visíveis a curto prazo. «Hoje a segurança e a investigação criminal requerem uma maior e melhor coordenação e cooperação transfronteiriça», frisou.

«No passado não existia uma situação semelhante de comunicação nos processos formativos e, se numa equipa e numa missão trabalham polícias de diferentes nacionalidades, é fundamental que tenham códigos comuns, que tenham uma cultura comum, que se entendam e saibam prosseguir determinados objectivos em comum», sublinhou o governante.
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