Cerca de 50 coletes amarelos tentam ir até Belém - TVI

Cerca de 50 coletes amarelos tentam ir até Belém

  • MM/Atualizada às 17:35
  • 5 jan 2019, 15:22

Alguns manifestantes separaram-se do grupo que partiu do Marquês do Pombal, onde se concentraram durante a manhã “contra a corrupção”. Desmobilização a meio da tarde fez-se sem registo de incidentes

Cerca de 50 coletes amarelos chegaram perto das 13:40 ao Terreiro do Paço, em Lisboa, depois de alguns se terem separado do grupo que partiu do Marquês do Pombal onde se concentraram durante a manhã “contra a corrupção”.

Depois de falarem numa conferencia de imprensa improvisada no Marques de Pombal, onde dois elementos dos coletes amarelos explicaram os motivos pelos quais se manifestavam, os cerca de 80 manifestantes começaram a andar em círculos em torno da rotunda, obrigando ao corte do trânsito.

O momento de maior tensão foi quando os manifestantes decidiram descer para a Avenida da Liberdade e a polícia os tentava demover da decisão.

No decorrer do percurso pela Avenida da Liberdade, até ao Rossio, alguns foram desistindo e abandonando a formação que era escoltada pela polícia.

Durante o percurso os manifestantes foram gritando palavras de ordem, sobretudo, dizendo que estavam a lutar contra a corrupção e entoando, a espaços, o hino de Portugal.

À chegada ao Terreiro do Paço, a polícia acabou por fazer uma ‘caixa de segurança’ deixando os ‘coletes amarelos’ no seu interior.

Foi quando mais alguns dos manifestantes saíram do perímetro da polícia, despindo os coletes e abandonando o local.

Cerca de vinte minutos depois de chegarem ao Terreiro do Paço os manifestantes decidiram, já em menor número, seguir até Belém.

Desmobilização sem incidentes

A meio da tarde, os protestos dos “coletes amarelos” que ainda se mantinham, em Lisboa e no Porto, terminaram, sem que se tenha registado qualquer incidente, segundo disse à Lusa a Direção Nacional da PSP.

Segundo a mesma fonte, em Lisboa, pelas 17:00, os 60 manifestantes que ainda se concentravam junto à rotunda do Marquês de Pombal e em frente à Presidência da República, em Belém, começaram a desmobilizar.

Já Porto, os cerca de 50 “coletes amarelos” que desde hoje de manhã estiveram concentrados, realizaram à tarde um desfile por algumas ruas da cidade, manifestando-se contra a corrupção em Portugal.

Depois de terem passado toda a manhã na Avenida dos Aliados, os manifestantes iniciaram cerca das 15:00 um desfile até à zona da Ribeira, sempre acompanhados por agentes da PSP.

Transportando faixas onde se lia “lutamos pelos portugueses”, “basta de corrupção” e “exigimos justiça”, os “coletes amarelos” fizeram o percurso em fila indiana pelos passeios e gritaram “corrupção aqui não”.

Ruidosos, mas pacíficos, os ‘coletes amarelos’ regressaram em marcha lenta à baixa da cidade, distribuindo panfletos e com lamentos pelo “desinteresse dos sindicatos”.

Acompanhados por cerca de 20 agentes da PSP, terminarem o desfile na Avenida dos Aliados, onde, após uma breve reunião para combinar a concentração da próxima semana, acabaram por desmobilizar.

Durante a manhã, concentraram-se cerca de 40 manifestantes em Aveiro e 15 na cidade de Braga, que distribuíram panfletos.

Em Aveiro, os “coletes amarelos” concentraram-se pelas 10:00 na rotunda do Rato, na antiga Estrada Nacional n.º 109, e caminharam depois em direção ao Mercado Manuel Firmino para sensibilizar mais pessoas para esta causa, distribuindo panfletos com as suas reivindicações.

Em Faro, outra das cidades em que estava previsto haver concentração, a Lusa constatou esta manhã na Avenida 5 de Outubro, não haver manifestantes, apenas agentes policiais e jornalistas.

O protesto de hoje dos “coletes amarelos” é o segundo ocorrido em Portugal, depois de no dia 21 de dezembro de 2018 várias concentrações terem tido uma fraca adesão, apesar de provocarem constrangimentos no trânsito em algumas cidades.

Os protestos têm sido convocados através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários em França, propondo, por exemplo, reduções de impostos ao nível dos combustíveis, da eletricidade e das micro e pequenas empresas, bem como o aumento do salário mínimo e das reformas.

Em dezembro, quatro pessoas foram detidas em Lisboa, por resistência e coação às autoridades, e 24 manifestantes foram identificados em todo o país, segundo a PSP.

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