A garantia foi dada pelo Citeve, o único centro tecnológico têxtil com protocolo com o Infarmed e a DGS para certificar máscaras sociais, ao Jornal de Notícias: até agora, os 34 produtos que foram certificados em Portugal só aguentam, no máximo, cinco lavagens.
Esta certeza deixada por Braz Costa, o diretor do centro tecnológico, significa que o número de fraudes com máscaras sociais não para de aumentar, é que multiplica-se na Internet, e em lojas de rua, a venda de equipamentos que alegadamente são certificados e aguentam 25, 50, 75 ou mesmo 100 lavagens. É mentira: a maior parte das empresas que vende estes produtos nunca pediu testes nem certificação ao Citeve.
Sendo assim, Braz Costa, numa entrevista também ao JN, deixa o alerta: "podem não cumprir parâmetros fundamentais para que a proteção posso acontecer", o mesmo quer dizer que as máscaras em causa não são uma barreira eficaz contra partículas de saliva contaminadas com o novo coronavírus.
O diretor do Citeve explica que aquilo que acontece com mais frequência é as empresa pedirem a certificação do tecido, como se fosse a certificação completa do equipamento. Porém, não é, e uma máscara apenas com o tecido certificado não é uma máscara eficaz e segura contra a Covid-19.
Infelizmente, há muitas pessoas a cair no engano, até as mais esclarecidas. Dois exemplos disso são a junta de freguesia de Santa Maria Maior, no coração de Lisboa, e a câmara municipal da Póvoa de Lanhoso, que compraram máscaras alegadamente certificadas que, na verdade, não o são.
Ainda assim, é importante deixar claro: no futuro, o cenário pode ser diferente com os testes a estenderem-se a um maior número de idas à máquina de lavar, porém esse é um processo que demora vários dias e que, para já, não é uma realidade.