A Metro do Porto revelou esta segunda-feira que estão “de volta ao trabalho” as cerca de 100 funcionárias de limpeza privada em serviço para a empresa que paralisaram esta manhã "por falta de material de proteção" da Covid-19.
A informação foi dada à Lusa por fonte da Metro do Porto pelas 14:30, depois de, esta manhã, as trabalhadoras da empresa de limpeza Iberlim, fornecedora da ViaPorto, subconcessionária da Metro, terem recusado trabalhar por falta de “luvas e desinfetante”, segundo disse à Lusa Eduardo Teixeira, do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD).
A Metro do Porto informou ainda, em comunicado, que a empresa “já tem disponível a nova solução de limpeza de largo espectro e ampla duração, que permite a impermeabilização de superfícies”, nomeadamente “o interior dos veículos e as zonas de contacto nas estações”.
A empresa refere ainda que, “de acordo com os ensaios realizados”, esta solução de limpeza “será eficaz na eliminação da Covid-19”.
A Metro do Porto vai começar, desde já, este produto na limpeza e impermeabilização dos veículos e estações”, acrescentou.
O STAD disse esta manhã que faltavam “luvas e desinfetante” às funcionárias da Iberlim ao serviço da ViaPorto.
Eduardo Teixeira, do STAD, frisou que o plano de contingência da empresa Metro do Porto "deve ser abrangente a todos os trabalhadores" e garantir que empregados de empresas privadas contratadas, seja de segurança ou limpeza, "estão tão protegidos como os do Metro".
Caso contrário, disse, aqueles trabalhadores colocam-se em risco e colocam em risco os restantes funcionários.
O sindicalista notou que "as empresas estão a começar a ficar com dificuldades em adquirir material de proteção", pois "todo o ‘stock’ disponível está a ser direcionado para o Serviço Nacional de Saúde (SNS)".