Cinco portugueses salvos no barco afundado nas Astúrias - TVI

Cinco portugueses salvos no barco afundado nas Astúrias

  • Paulo Delgado
  • Com Lusa - Notícia atualizada às 19:36
  • 3 fev 2017, 16:29

Navio pesqueiro naufragou a 50 milhas de Navia, nas Astúrias, no noroeste de Espanha. As doze pessoas a bordo conseguiram meter-se em botes salva-vidas e foram depois resgatadas. Barco já revelara problemas recentemente

Cinco dos 12 tripulantes resgatados após o naufrágio do barco de pesca Gure Uxua que se afundou esta sexta-feira à tarde ao largo das Astúrias são portugueses e encontram-se "todos bem de saúde", segundo relatou à agência Lusa o Cônsul português em Léon.

Estão todos bem. Apresentavam sintomas de hipotermia e estão no hospital apenas por precaução", afirmou Eduardo Pereira.

Três dos cinco tripulantes portugueses resgatados do navio de pesca ao atum, de um armador de Santander, que ainda recentemente tivera problemas no mar, são oriundos de Vila do Conde e terão alta ainda esta sexta-feira, afirmou à Lusa o cônsul português em Léon.

Três tripulantes internados no hospital de Lugo estão prestes a receber alta hospitalar. Os outros dois, encaminhados para o hospital de Gijon terão alta amanhã [sábado]", afirmou Eduardo Pereira.

Pescadores regressam sábado a Caxinas

Os cinco pescadores naturais de Caxinas, Vilas do Conde, vão regressar a Portugal no sábado.

A informação foi dada à Lusa por José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, que está acompanhar o processo em Vila do Conde, acrescentando que já se reuniram com os familiares dos pescadores.

Os pescadores estão bem, já falaram com as famílias e tudo indica terão alta sábado de manhã para regressarem a Portugal de imediato. Da parte da tarde já estarão em casa", afirmou José Festas.

O dirigente garantiu que a "associação, em articulação com as autoridades portugueses e espanholas, esteve a acompanhar todo o processo desde a primeira hora" e que "não houve problemas até ao momento".

Os cinco pescadores, que estão distribuídos em unidades de saúde distintas da região das Astúrias, no norte de Espanha, regressarão a Portugal num transporte fornecido pelo armador da embarcação.

Salvamento rápido

As autoridades espanholas conseguiram resgatar os doze tripulantes do navio Gure Uxua, que naufragou a 50 milhas da costa de Navia nas Astúrias, noroeste de Espanha, poucas horas após o acidente.

O alerta foi recebido às 15:20 locais, menos uma hora em Lisboa. A bordo, os pescadores avisavam que o navio estava a ir ao fundo.

Mobilizados dois helicópteros e três navios pelas autoridades marítimas da cidade de Gijón, foi possível resgatar os pescadores com vida. Tinham frio, apresentavam sinais de hipotermia, mas sem quaisquer ferimentos visíveis.

Sete dos tripulantes foram resgatados de um bote salva-vidas por um dos dois helicópteros que se deslocaram para o local do naufrágio, a 50 milhas, cerca de 80 quilómetros, da costa de Navia, na província espanhola das Astúrias, no golfo da Biscaia, para onde se tem vindo a deslocar o temporal que assolou a costa portuguesa nos útlimos dias.

Estes sete tripulantes foram encaminhados para o porto de El Musel, em Gijón. Já os restantes cinco, salvos por um dos três barcos que participaram nas operações de salvamento foram encaminhados para o porto galego de Celeiro.

As autoridades espanholas ainda não revelaram as identidades dos doze pescadores que constituíam a tripulação. Apenas o cônsul português em Léon adiantou que havia cinco portugueses a bordo.

A operação de resgate foi filmada por um dos tripulantes de um helicóptero que participou no salvamento dos pescadores.

Barco com problemas

De acordo com a agência noticiosa espanhola Europapress, o armador é de Santander e o barco tem como porto de ancoragem o de Cariño, na Corunha.

O barco com 24 metros de comprimento, que começou a navegar a 19 de maio de 1988, terá largado no final de janeiro do porto de Cariño para pescar no golfo da Biscaia.

Há pouco mais de um mês, a 20 de dezembro, o Gure Uxua precisou dos serviços das equipas de salvamento marítimo, quando ficou com o motor sem funcionar, no regresso ao porto de Cariño.

 

 

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