Seis barras do Continente e dos Açores estão esta terça-feira fechadas a toda a navegação e outras três estão condicionadas devido à agitação marítima, de acordo com a Marinha Portuguesa.
A Marinha informa que as barras de Esposende, Ericeira, Lagos, Alvor, Flores e Horta, nos Açores, estão fechadas a toda a navegação.
As barras de Póvoa do Varzim e Vila do Conde estão fechadas a embarcações de calado superior a dois metros, sendo aconselhada a utilização da barra apenas no período compreendido entre as duas horas e até duas horas depois da preia-mar.
A barra de São Martinho do Porto está condicionada devido a assoreamento, devendo a barra ser usada apenas na preia-mar.
Por causa da agitação marítima, o Instituto Português do mar e da Atmosfera (IPMA) colocou os distritos de Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro sob aviso laranja entre as 18:00 de quarta-feira e as 21:00 de quinta-feira.
Para estes distritos, o IPMA prevê ondas de sudoeste com cinco a seis metros, podendo chegar aos 12 metros de altura, em especial no barlavento.
No arquipélago da Madeira, o Porto Santo está também sob aviso laranja na quarta e na quinta-feira (até às 12:00) devido a agitação marítima, com ondas de oeste/sudoeste com 05 a 07 metros, podendo chegar a 14 metros de altura.
Também os grupos central e oriental dos Açores estão sob aviso amarelo até às 12:00 de hoje (13:00 em Lisboa).
Na segunda-feira, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) alertou para um agravamento gradual das condições do estado do mar até sexta-feira, com ondas que podem chegar aos nove metros de altura.
A agitação marítima será forte, com previsões de ondas de seis metros de altura, podendo atingir os nove metros nos quadrantes oeste e sudoeste, em especial no arquipélago da Madeira e no Continente, a sul do Cabo Espichel, costa Vicentina e Algarve", lê-se, num comunicado.
Apesar do agravamento ter início na segunda-feira, a AMN salientou que a agitação marítima terá especial incidência a partir de quarta-feira, prolongando-se até sexta.
A instabilidade marítima será acompanhada de "muita chuva" e de "vento muito forte", com rajadas que poderão ultrapassar os 40 nós, refere a mesma nota.
A AMN recomenda a quem se encontra no mar a regressar ao porto de abrigo mais próximo e a adotar medidas de precaução, tais como "reforço da amarração e vigilância apertada das embarcações atracadas e fundeadas".
A Autoridade Marítima dirige um especial aviso aos pescadores lúdicos de pesca à cana, aconselhando que devem evitar "pescar junto às falésias e zonas de arriba nas frentes costeiras atingidas pela rebentação das ondas, tendo sempre presente que o mar nestas situações extremas alcança muitas vezes zonas aparentemente seguras".
À população em geral, a AMN aconselha que evitem passeios junto à costa e nas praias.