Forte chuvada causa inundações e perturbações no trânsito em Coimbra - TVI

Forte chuvada causa inundações e perturbações no trânsito em Coimbra

  • .
  • CM
  • 10 abr 2021, 16:17
Inverno

No Fundão, a chuva e o granizo destruíram culturas agrícolas e equipamentos. O granizo acumulado chegou a atingir mais de um metro de altura

Uma forte chuvada causou, neste sábado, várias ocorrências na cidade de Coimbra, sendo que uma delas está a condicionar o trânsito, desde as 14:20, na rotunda do Portugal dos Pequenitos, junto ao Convento São Francisco.

A agência Lusa constatou no local que uma enxurrada de pedras e areia invadiu as faixas de rodagem da rotunda, onde se encontram patrulhas da PSP e equipas dos bombeiros sapadores.

Fonte dos bombeiros sapadores disse que a enxurrada é proveniente da Calçada de Santa Isabel, que dá acesso ao Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.

Cerca das 14:20, a cidade de Coimbra foi assolada por uma forte e intensa precipitação, acompanhada de trovoada, que em poucos minutos transformou as vias rodoviárias em autênticos rios.

Chuva e granizo destruíram culturas agrícolas e equipamentos no Fundão

Uma enorme quantidade de granizo que caiu na sexta-feira em algumas freguesias da zona sul do concelho do Fundão danificou equipamentos e causou prejuízos elevados nas culturas agrícolas, designadamente de produção de cereja, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara.

"Foi uma tempestade de granizo muitíssimo forte e de grande violência, que apanhou um corredor na zona sul do concelho e que provocou prejuízos, quer ao nível de infraestruturas públicas e privadas, quer na agricultura", afirmou Paulo Fernandes.

O autarca deste concelho do distrito de Castelo Branco, que é considerado a principal zona de produção de cereja nacional, especificou que a tempestade afetou sobretudo as localidades de Póvoa de Atalaia, Atalaia do Campo, Castelo Novo e Soalheira.

Segundo apontou, em algumas zonas o granizo acumulado chegou a atingir mais de um metro de altura.

"Foi uma situação muito localizada, mas também muito rápida, extraordinariamente intensa, de uma enorme violência", afirmou.

Paulo Fernandes especificou que o levantamento dos prejuízos ainda está a ser realizado, mas adiantou que os danos na agricultura são elevados.

Estamos com equipas no terreno, junto aos agricultores, e temos já conhecimento concreto de que há uma parte da produção agrícola nesse corredor que foi muito afetada, nomeadamente na produção frutícola de cereja e pêssego", disse.

Lembrando que aquela zona tem vários pomares de cereja, destacou a "enorme preocupação" com os efeitos causados, dado que já se está "na fase crítica" do início da frutificação.

Noutra componente, há ainda registo de vários equipamentos danificados, nomeadamente muros, vias e caminhos, bem como estruturas da rede de águas pluviais.

A autarquia está a realizar um relatório de toda a situação para apresentar ao Governo, de modo que possam ser acionadas linhas que ajudem agricultores e proprietários a minimizarem os prejuízos.

Frisando que, devido às alterações climáticas, os fenómenos meteorológicos extremos são cada vez mais frequentes, Paulo Fernandes reitera a importância de os seguros se poderem adequar às necessidades, bem como a necessidade de se apostar numa agricultura mais diversificada e sustentável.

Continue a ler esta notícia