Mau tempo: 1800 ocorrências e 20 desalojados desde que foi emitido primeiro alerta da Proteção Civil - TVI

Mau tempo: 1800 ocorrências e 20 desalojados desde que foi emitido primeiro alerta da Proteção Civil

  • BC - atualizada às 17:25
  • 19 dez 2019, 07:26

Maioria das ocorrências nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro e Viseu

 Cerca de 1.800 ocorrências foram registadas em Portugal continental entre quarta-feira e as 12:00 de hoje devido ao mau tempo, sendo os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro e Viseu os mais afetados, segundo a Proteção Civil.

Segundo o comandante Pedro Nunes, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), as ocorrências foram registadas desde as 15:00 de quarta-feira.

A maior parte das ocorrências estão relacionadas com quedas de árvores, quedas de estruturas, havendo igualmente o registo de inundações”, adiantou aos jornalistas Pedro Nunes, em declarações aos jornalistas na sede da ANEPC, em Oeiras, distrito de Lisboa.

As autoridades estão preocupadas com as bacias hidrográficas do Tâmega, Mondego, Águeda, Douro e Lima, devido à previsível subida do nível da água. No Tejo, é afastado um cenário de cheias.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alertou na quarta-feira a população para o agravamento das condições meteorológicas, com precipitação forte e persistente, vento forte nas terras altas e agitação marítima forte em toda a costa.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu para a tarde de hoje o aviso vermelho, o mais grave, para os distritos de Viseu, Guarda, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra, Braga, Porto, Vila Real e Viana do Castelo.

Pedro Nunes alertou ainda que a “situação meteorológica complexa vai continuar nas próximas horas, provavelmente nos próximos dias”, prevendo que as condições meteorológicas “melhorem significativamente a partir da tarde de sábado e manhã de domingo”.

Para esta tarde prevê-se um quadro de precipitação forte e persistente, vento e agitação marítima um pouco por todo o país, começando pelo norte e depois descendo um pouco ao centro e baixando na próxima madrugada e manhã para o Alentejo e Algarve”, explicou.

De acordo com o comandante, o padrão da depressão “é o mesmo, não havendo perda de força”.

A precipitação “pode ser menor” no Alentejo e Algarve, mas os conselhos à população são os mesmos de quarta-feira: “não se aproximem da orla marítima, em caso de estacionarem no local que seja redobrada a atenção, o mesmo perto de árvores, devido à queda das mesmas”.

Duas dezenas de desalojados

Em Santo Tirso, sete pessoas ficaram desalojadas pelas duas da madrugada devido à queda de uma árvore sobre o telhado de duas habitações. Já na noite de quarta-feira, pelas 20:00, a queda de uma árvore de médio porte sobre duas habitações na Charneca da Caparica, Almada, obrigou a retirar de casa nove pessoas, que foram entretanto realojadas, confirmou a TVI24. 

Em Vila Verde, distrito de Braga, a queda e um eucalipto sobre uma habitação deixou desalojada uma família de quatro pessoas, das quais dois menores.

 

Em Almada resultaram nove desalojados que foram, entretanto, realojados pelos serviços de ação social da Câmara de Almada, e em Santo Tirso sete pessoas foram deslocadas e estão em casa de familiares acompanhados pelos serviços municipais”, disse Rui Laranjeira, comandante da Proteção Civil.

 

A depressão Elsa provocou ainda duas ocorrências esta madrugada nos Açores, duas quedas de árvores nas ilhas Terceira e São Miguel, e a Proteção Civil continua a acompanhar a evolução do estado do tempo.

A nível pessoal não há qualquer dano, a nível material são danos de pequena monta”, avançou, em conferência de imprensa, o vice-presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), Osório Silva.

No que diz respeito às ligações aéreas, o porta-voz da transportadora SATA, António Portugal, adiantou hoje à agência Lusa que um voo proveniente de Boston, nos Estados Unidos, que deveria ter chegado às 06:30 à ilha Terceira, teve de divergir para o Porto por causa do mau tempo.

Por causa do vento forte, o voo teve de divergir para o Porto. Este aparelho ia fazer depois a ligação Terceira-Porto, pelo que esta teve de ser cancelada”, disse.

António Portugal indicou ainda que não tem havido “problemas de maior, apenas alguns atrasos”.

Na madrugada passada, tinham sido registadas outras seis ocorrências de pequena dimensão nas ilhas de São Jorge, Terceira e São Miguel.

Quedas de árvores, inundações e danos em estruturas são a grande maioria das queixas, disse fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), salientando que, até ao momento, não se verificam feridos ou outro tipo de casos mais graves.

 

Esta quinta-feira, estão sob aviso vermelho nove distritos, devido à previsão de chuva forte e rajadas de vento superiores a 100 quilómetros por hora, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O IPMA emitiu ao final do dia de quarta-feira um aviso vermelho para os distritos do Porto, Braga, Aveiro, Vila Real e Viana do Castelo devido à chuva “forte e persistente, podendo ser acompanhado de trovoada”.

Este aviso vigora entre as 12:00 e as 21:00 em Vila Real e Braga, e entre as 12:00 e as 18:00 em Viana do Castelo, adianta o instituto em comunicado.

No Porto e em Aveiro, o aviso vermelho está em vigor entre as 15:00 e as 21:00.

O IPMA colocou também sob aviso vermelho, devido à previsão de rajadas de vento superiores a 100 quilómetros por hora, os distritos de Viseu, Guarda, Castelo Branco, Aveiro e Coimbra.

Segundo o IPMA, as rajadas de vento podem mesmo atingir os 140 quilómetros/hora nas terras altas, entre as 18:00 de hoje e as 03:00 de sexta-feira.

Sob aviso laranja para precipitação, vento ou agitação marítima, que vigoram em diferentes períodos até sábado, vão estar os distritos de Bragança, Viseu, Porto, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Castelo Branco, Coimbra, Portalegre e Braga.

No aviso relativo ao vento, nos distritos de Bragança, Viseu, Porto, Guarda, Faro, Vila Real, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra, Portalegre e Braga podem ser registadas rajadas de vento entre os 100 e os 130 quilómetros por hora.

Só com avisos amarelos estará o distrito de Évora, para precipitação e vento.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alertou na quarta-feira a população para o agravamento das condições meteorológicas, com precipitação forte e persistente, vento forte nas terras altas e agitação marítima forte em toda a costa.

A Proteção Civil alerta para a possibilidade de "inundações rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem", e "inundações por transbordo das linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis".

Informa ainda que, tendo em conta as previsões do IPMA, há a possibilidade de inundações de "estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem" e de formação de lençóis de água na estrada, além da queda de ramos de árvores, danos em estruturas montadas ou suspensas.

Acionado plano de emergência na Mealhada

A Câmara da Mealhada acionou o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, ao meio da tarde desta quinta-feira, anunciou a autarquia.

Numa nota enviada à agência Lusa, a Câmara explica a decisão com as “atuais condições meteorológicas adversas, que já provocaram vários estragos/prejuízos em diversas locais, e às previsões de agravamento do estado do tempo para as próximas horas, nomeadamente a possibilidade de ocorrência de rajadas de vento muito fortes e chuvas muito intensas”.

A Proteção Civil Municipal está a ponderar a “possibilidade de encerrar ao trânsito automóvel a Mata Nacional do Buçaco”, adianta a nota.

A Câmara da Mealhada, no sul do distrito de Aveiro, apela a todos os munícipes para "permanecerem em suas casas e, nos casos de necessidade absoluta de circulação automóvel, aconselha os condutores a respeitarem rigorosamente as determinações de trânsito em vigor”.

O município tem “uma vasta equipa de técnicos a dar apoio no terreno e a tentar solucionar cada um dos problemas reportados pelos munícipes”, assegura.

Serra de Sintra com trânsito encerrado

A principal estrada da serra de Sintra, entre os cruzamentos de Azoia e de Portela e Portela Capuchos, foi esta quinta-feira encerrada devido à forte precipitação e intensidade do vento, divulgou a Câmara de Sintra.

A estrada foi encerrada às 17:00 e a interdição vai manter-se até que estejam “repostas as condições de segurança no local”, informou a câmara, num comunicado em que apela ainda todas as pessoas “para evitarem qualquer atividade na serra de Sintra”, no distrito de Lisboa.

A Câmara de Sintra decidiu também encerrar hoje ao público o “Reino do Natal”, atendendo às condições meteorológicas.

De acordo com a autarquia, todos os corpos de bombeiros do concelho encontram-se em “estado de alerta laranja” e a Proteção Civil “reforçou a estrutura de resposta operacional para as próximas 48 horas, de forma a garantir o permanente acompanhamento e controlo de todas as eventuais ocorrências”.

Foram ainda aumentadas as ações de monitorização, com especial enfoque nas áreas historicamente identificadas como mais sensíveis.

A tomada de medidas de prevenção ativa, vigilância e de planeamento operacional “tem em vista uma resposta antecipada e imediata a possíveis emergências, nomeadamente no que diz respeito à desobstrução de linhas de água em zonas historicamente mais vulneráveis e a salvaguarda de infraestruturas na orla costeira”, pode ler-se no comunicado.

A câmara sugere ainda que para mais informações e auxílio em situações de emergência seja contactado o Serviço Municipal de Proteção Civil de Sintra através do número de telefone 800 21 11 13.

 

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