Agência Europeia do Medicamento revê segurança de antibióticos - TVI

Agência Europeia do Medicamento revê segurança de antibióticos

Medicamentos (Reuters)

Em causa estão os antibióticos quinolonas e fluoroquinolonas, usados no tratamento de infeções bacterianas graves. Revisão surge devido a um pedido da agência alemã perante reações adversas de longa duração

A Agência Europeia do Medicamento iniciou a revisão da segurança dos antibióticos quinolonas e fluoroquinolonas, usados no tratamento de infeções bacterianas graves, devido a um pedido da agência alemã perante reações adversas de longa duração.

O anúncio foi feito hoje pela agência portuguesa do medicamento (Infarmed), que publicou no seu portal uma circular informativa.

A revisão da segurança não suspende o uso dos antibióticos de acordo com o respetivo resumo das características do medicamento aprovado.

A Agência Europeia do Medicamento vai avaliar a duração dos efeitos adversos graves, em particular os que afetam os músculos, as articulações e o sistema nervoso.

O processo irá determinar se é necessário aplicar medidas adicionais para minimizar riscos ou alterar o modo de utilização dos antibióticos, refere a circular informativa, assinada pelo presidente do conselho diretivo do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

A revisão da segurança dos antibióticos quinolonas e fluoroquinolonas, utilizados por exemplo no tratamento de infeções urinárias e pulmonares mais graves, foi desencadeada pela agência alemã do medicamento, com base em "notificações de efeitos adversos de longa duração e na literatura publicada".

Os efeitos adversos em causa "são conhecidos e constam no resumo das características do medicamento", mas ganham "uma importância especial" quando os antibióticos "são utilizados em infeções menos graves", assinala o Infarmed.

Neste grupo de antibióticos, administrados por via oral, injetável e inalatória, incluem-se a ciprofloxacina, a levofloxacina, a moxifloxacina, a norfloxacina, a ofloxacina e a prulifloxacina, comercializadas em Portugal.

Na revisão não estão englobados os medicamentos aplicados diretamente na pele, nos olhos e nos ouvido

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