Mais de 500 casos de sarampo foram reportados só este ano na Europa, afetando pelo menos sete países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Alemanha, França, Itália, Polónia, Roménia, Suíça e Ucrânia foram os países onde se detetaram casos, de acordo com um comunicado divulgado esta semana pela OMS.
O sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave ou mesmo a morte. É evitável pela vacinação e está, há vários anos, controlada em Portugal.
A diretora regional europeia da OMS, Zsuzsanna Jakab, considerou que esta situação é preocupante “já que o continente europeu registou avanços nos últimos dois anos para eliminar o sarampo”.
A transmissão do vírus já foi interrompida em dois terços dos 53 países da região europeia, mas continua endémica em 14 países.
A Itália e a Roménia são países que mais concentram casos da doença, sendo que a maioria está em áreas com baixa cobertura de imunização. Só na Roménia, foram registados mais de três mil casos desde 2016, com 17 mortes.
Em Portugal, a OMS reconheceu oficialmente a eliminação do vírus do sarampo no verão do ano passo, tendo feito o mesmo para a rubéola.
Consideram-se já protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que têm duas doses da vacina, no caso dos menores de 18, e uma dose quando se trata de adultos.
A Direção-geral da Saúde (DGS) tem aconselhado a vacina a todas as pessoas que vão viajar ou participar em eventos internacionais. As vacinas são dadas gratuitamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
OMS quer reduzir a metade complicações por erros com medicamentos
A Organização Mundial da Saúde quer reduzir o número de complicações por erros de medicação a metade nos próximos cinco anos, lembrando que os custos com estes erros podem representar 1% do total da despesa global de saúde.
Um comunicado lançado na quarta-feira pela OMS refere que os erros com medicamentos causam pelo menos uma morte por dia e afetam 1,3 milhões de pessoas por ano só nos Estados Unidos.
Globalmente, os custos com erros de medicação estimam-se em 42 mil milhões de dólares anuais (cerca de 39 mil milhões de euros).
A OMS lembra que erros de medicação podem ser causados por cansaço extremo dos trabalhadores de saúde, falta de formação e informação errada dada aos doentes, entre outros motivos. Qualquer destas causas, ou a sua combinação, pode resultar em dano grave, invalidez ou mesmo morte.