Consultas vão ter tempos padrão para cumprir - TVI

Consultas vão ter tempos padrão para cumprir

  • VC
  • 20 abr 2017, 08:39
Medicina

É a Ordem dos Médicos que vai defini-los, pretendendo estipular tempos diferentes consoante a especialidade

A Ordem dos Médicos vai definir tempos padrão de consultas por especialidade, que terão de passar a ser cumpridos nos serviços públicos e privados. O objetivo é melhorar a relação médico/doente.

Pretende-se definir, para cada especialidade, um tempo padrão de consultas, que se traduz num tempo mínimo de intervalo entre marcação de consultas.

A definição das boas práticas médicas é uma atribuição da Ordem dos Médicos. Nesta perspetiva, é óbvio que a Ordem vai definir o que são as boas práticas, que terão de ser cumpridas no serviço público e privado. Vamos definir com bom senso, colégio [de especialidade] a colégio, com base também no que são os indicadores internacionais"

Desde que tomou posse, em fevereiro, que o bastonário, Miguel Guimarães, tem assumido a sua preocupação com a perda de qualidade da relação entre médico e doente e com a humanização dos cuidados de saúde, frisando que os tempos de consulta são cada vez mais curtos.

Os tempos padrão serão definidos de acordo com cada especialidade, mas tem de haver definição clara de um mínimo de intervalo entre a marcação de cada consulta.

“Se definirmos que o tempo mínimo [de intervalo entre consultas] é tal, então quer dizer que não pode ser menos que isso. Se for de 15 em 15 minutos, uns doentes vão demorar 10, outros 20 e outros 30. Mas os doentes vão ser marcados de x em x tempo para dar tempo aos médicos para estarem com os doentes”, disse à Lusa, a título exemplificativo, sem qualquer referência real aos minutos a definir.

O bastonário reconhece que na medicina geral e familiar a escassez de tempo com o doente é particularmente complicada, porque os médicos de família abarcam um conjunto vasto de conselhos ao doente e de cuidados.

Os sindicatos médicos decidiram manter a greve nacional agendada para 10 e 11 de maio, depois de uma reunião com a tutela, ontem. 

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE