PSP vai alertar crianças para abusos sexuais - TVI

PSP vai alertar crianças para abusos sexuais

Crianças na escola

Agentes do programa Escola Segura começam na próxima segunda-feira uma ação de prevenção nacional com o intuito de informar as crianças do 1º e 2º ciclo.

“Os maus segredos devem ser contados”. Está é uma das mensagens que os agentes da PSP vão passar aos alunos com idades entre os seis e doze anos, numa ação de prevenção nacional que tem como objetivo alertar as crianças para os perigos do abuso sexual.

“Esta é uma ação que modifica a abordagem da PSP, uma vez que é dirigida às crianças.  Tem um caracter preventivo de intervenção, no momento mais precoce possível, no 1º e 2º ciclo”, explicou à TVI o subintendente Hugo Guinote, chefe da divisão de Prevenção Pública e Proximidade da PSP.

A operação da PSP vai decorrer em todas as escolas da área de intervenção da PSP e vai ser ministrada pelos cerca de 350 agentes da Escola Segura. A PSP vai dar a conhecer às crianças sinais de alerta numa “linguagem própria” para crianças de um “tema que é difícil”.

“É preciso alertar para o facto de o perigo não estar só em desconhecidos e lembrar que a maioria destes crimes são cometidos por pessoas que as crianças conhecem. É preciso explicar que há bons e maus segredos e que os maus devem ser contados”, adiantou o subintendente.

Os agentes da PSP receberam formação para a ação junto das crianças e vão ser utlizados materiais da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ).

“A PSP vai explicar às crianças conceitos de confiança e lembrar que se pode e deve dizer que não, nomeadamente em questões relacionadas com o corpo”, explicou ainda o subintendente.

Na próxima segunda-feira, é assinalado o Dia Europeu para a Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual e o Abuso Sexual. Em 2018, foram vítimas de crimes sexuais 1187 crianças, menores de 16 anos. Ou seja, todos os meses 98 menores são vítimas de crimes contra liberdade e autodeterminação sexual, segundo os últimos dados oficiais do Ministério da Justiça. 

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