Circulação no Metro de Lisboa deverá começar hoje às 10:15 após greve parcial - TVI

Circulação no Metro de Lisboa deverá começar hoje às 10:15 após greve parcial

  • Agência Lusa
  • BCE
  • 28 out 2021, 06:51

Em causa está um pré-aviso de greve dos sindicatos dos trabalhadores do Metro de Lisboa, que protestam contra o congelamento dos salários e a ausência de diálogo com o Governo

Os trabalhadores do Metro de Lisboa cumprem, na manhã desta quinta-feira, uma nova greve parcial, dado que as negociações salariais com a empresa têm falhado, prevendo-se que o serviço seja iniciado às 10:15.

"[Os] sindicatos representativos dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, E.P.E. apresentaram pré-avisos de greve para os próximos dias 26 e 28 de outubro, pelo que se prevê que o metro inicie o serviço de transporte, nesses dias, a partir das 10:15 horas", referiu a empresa, em comunicado.

Tal como na terça-feira, a greve ocorre entre as 05:00 e as 09:30 para a generalidade dos trabalhadores e das 09:30 às 12:30 para o setor administrativo e técnico. 

Entretanto, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) fez saber que os trabalhadores do Metro de Lisboa cumprem mais um dia de greve parcial em 02 de novembro e uma greve de 24 horas em 04 de novembro.

O pré-aviso de greve foi entregue em 06 de outubro "devido à falta de respostas às questões colocadas, quer em reuniões com o ministro do Ambiente, quer com o presidente do Metropolitano de Lisboa", segundo a FECTRANS.

"A greve não é só contra o congelamento salarial, vamos mais longe. Defendemos uma total reposição de efetivos, que está por cumprir", disse, em declarações à agência Lusa, Anabela Carvalheira, da federação.

A sindicalista sublinhou a importância do "preenchimento imediato do quadro operacional e as progressões na carreira".

Em comunicado, a Comissão Intersindical do Metropolitano de Lisboa referiu que a luta dos trabalhadores é "contra o congelamento salarial; pela aplicação de todas os compromissos assumidos pelo ministro do Ambiente e Ação Climática, em que se inclui a prorrogação do Acordo de Empresa; pelo direito ao transporte e pela reposição imediata de todos os efetivos, cujas promessas até hoje na sua maioria não passaram do papel".

"Motivos não nos faltam, o importante agora é a união de todos e a construção de uma grande luta, pela dignidade dos trabalhadores, em defesa dos nossos postos de trabalho e do Metropolitano de Lisboa", frisou a Comissão Intersindical.

Segundo a transportadora, a adesão global à greve parcial de terça-feira no Metropolitano de Lisboa foi de 42,62%.

"O Metropolitano de Lisboa encontra-se recetivo à discussão das propostas apresentadas pelas entidades sindicais, sendo as mesmas objeto de negociação", acrescentou a empresa na mesma nota.

Os trabalhadores do Metro realizaram greves parciais ao serviço em maio e junho com as mesmas reivindicações apresentadas para a nova paralisação.
 

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