Ministro preocupado com cobertura dos incêndios pelas TVs - TVI

Ministro preocupado com cobertura dos incêndios pelas TVs

Miguel Macedo

Miguel Macedo critica o facto de não ser dada atenção à prevenção

O ministro da Administração Interna (MAI), Miguel Macedo, disse, em Pombal, que as televisões fazem «especial gala na cobertura dos incêndios» florestais e não gastam «um minutinho do seu tempo» com a prevenção.

«Estão aqui as televisões e eu aproveito para dizer. Impressiona-me sempre que as televisões façam especial gala na cobertura dos incêndios florestais e não gastem um minutinho do seu tempo a percorrer o país, a ver o que está feito ou não está feito em termos de prevenção», afirmou Miguel Macedo, que falava no Teatro-Cine de Pombal, na sessão de abertura de um debate sobre «Desastres naturais ¿ preparação, socorro, recuperação», promovido pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). Para o ministro, esta «não é uma questão de agora».

Miguel Macedo assegurou que não suscitava agora a questão por ser o responsável pela pasta da Administração Interna, mas por se estar a «chegar à época de incêndios» e por entender que seria «muito pedagógico que isso acontecesse», porque teme que, «no domínio da prevenção, se não esteja a fazer tudo aquilo que se deveria estar a fazer».

O ministro da Administração Interna, «por dever do ofício e por tradição», é «sempre interpelado em agosto, quando os problemas [os incêndios florestais] crescem, mas ninguém cuida de saber, antes desse momento ¿ esse, sim, o momento do MAI ¿ o que é que se fez ou o que é que se deixou de fazer para que se evitem os problemas, ou o avolumar dos problemas, nas alturas mais críticas».

É evidente, sublinhou Miguel Macedo, que «isto não é um problema das televisões, nem é um problema da comunicação social, mas é um problema sobre a forma como todos, coletivamente, se posicionam em relação às questões, aos desastres e aos problemas dramáticos que atingem todos os cidadãos e as comunidades».

Questionado pelos jornalistas, após a sessão, o governante, afirmou que, na sua intervenção, não fez «nenhuma crítica à comunicação social», a qual, aliás, «nunca» critica, garantiu. «Eu apelei à comunicação social para participar num esforço, que é pedagógico», no sentido de verificar, de «só gastar uns minutinhos» sobre aquilo «que está a ser feito e não está a ser feito no domínio da prevenção».
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