Covid-19: especialista diz que não existem indicações claras de necessidade de uma terceira dose - TVI

Covid-19: especialista diz que não existem indicações claras de necessidade de uma terceira dose

Miguel Prudêncio refere que o atual esquema vacinal adotado em Portugal confere uma proteção "duradoura e robusta"

Perante o surgimento de novos surtos de covid-19 e do aumento dos contágios, há já vários países (como França, Espanha ou Israel) que anunciaram que vão administrar uma terceira dose às pessoas que têm maior risco de desenvolver doença grave. No mesmo sentido vão as últimas indicações das farmacêuticas Pfizer ou Moderna, cujo esquema vacinal requeria ao início duas doses para uma vacinação completa, o que pode vir a ser revisto.

Para Miguel Prudêncio, investigador do Instituto de Medicina Molecular, os dados até agora disponíveis "apontam para uma proteção duradoura e robusta", pelo que não existe uma indicação clara de que é necessário esse reforço.

Ainda assim, e caso essa terceira dose venha a ser necessária, o expectável é que seja administrada às pessoas mais debilitadas, seguindo aquilo que vem sendo feito nos países que já estão a aplicar este esquema vacinal.

Sobre a vacinação nas crianças, o especialista, que falou à TVI24, fala num "tema muito importante", alertando para o esclarecimento necessário das várias questões. Ao nível da ciência, Miguel Prudência indica que o risco de uma infeção grave é baixo, mas, e citando o Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, ressalva que, mesmo para estas faixas etárias, o benefício é superior.

A Direção-Geral da Saúde, prudentemente, aguarda dados adicionais", lembra, depois de a autoridade ter recomendado a vacinação de jovens entre os 12 e 15 anos apenas para quem tenha comorbilidades.

Nesta altura são cerca de 20 os países que vacinam de forma genérica as crianças, e a DGS espera por mais resultados para uma decisão mais informada, até porque houve casos de efeitos secundários cardíacos, todos registados fora da União Europeia.

 

Continue a ler esta notícia