Relvas diz que mais República significa combater a corrupção - TVI

Relvas diz que mais República significa combater a corrupção

Miguel Relvas

Ministro-adjunto diz ainda que é uma maneira de acabar com a teia promíscua entre interesses privados e o poder político

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O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, defendeu esta quinta-feira no Parlamento que «mais República significa combater implacavelmente a corrupção» e «a teia promíscua entre interesses privados e o poder político», noticia a Lusa.

Durante um debate em plenário sobre o centenário da República, Miguel Relvas defendeu também que «mais República significa proteger o império imparcial e justo do direito e da lei», considerando que «poucas coisas perturbam mais a ordem republicana do que uma sensação difusa de impunidade».

Por outro lado, o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares apelou ao reavivar do «patriotismo republicano», que descreveu como «o espírito de unidade, de coesão, de solidariedade de um povo» e «disposição que motiva a entrega de cada um dos cidadãos aos deveres, às responsabilidades e também, quando os tempos assim exigem, aos sacrifícios que decorrem sempre da partilha de uma vida colectiva».

«Os republicanos sempre souberam que as grandes dificuldades não podem ser resolvidas apenas pelos governos. Sempre souberam que os problemas que tocam a todos precisam de uma resposta de todos. Numa palavra, sempre souberam que as repúblicas não podem dispensar esta forma de patriotismo cívico. E permitam-me que acrescente que esta lição nunca foi tão verdadeira como hoje», considerou.

Na sua intervenção, Miguel Relvas afirmou que a «bela aventura republicana» de Portugal «atravessa agora dificuldades tremendas» e que, por isso mesmo, é preciso «mais República» e meditação «sobre aquilo que contraria a vitalidade da República».

«Há práticas que escandalizam a nossa sensibilidade republicana e que atentam directamente contra os grandes princípios, a começar pela corrupção, a teia promíscua entre interesses privados e o poder político, a estrutura oligárquica do poder, o fosso profundo entre governantes e governados, o desrespeito pelos mais fracos e pelos mais vulneráveis», disse.



Segundo o ministro, «mais República significa combater implacavelmente a corrupção», significa «romper as relações ilícitas entre grupos privados e corporativos e os recursos do Estado» e significa «cultivar uma atitude incessante de escrutínio da acção política por parte dos cidadãos».

No seu entender, «poucas coisas perturbam mais a ordem republicana do que uma sensação difusa de impunidade ou a percepção de que a lei é dura com os fracos e insegura com os poderosos».

«Mais República significa proteger o império imparcial e justo do direito e da lei, que mantém todos igualmente e sem excepção sob a sua alçada» e «a intolerância para com um ambiente de impunidade, para com um poder judicial incerto ou para com subversões públicas ou privadas do Estado de direito», disse.
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