Sousa Tavares queixa-se à PJ - TVI

Sousa Tavares queixa-se à PJ

Blog acusa escritor de «copiar» parágrafos «inteiros» em «Equador»

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Plágio ou não? Eis a questão. Há dias que não se fala noutra coisa. A acusação foi lançada, de forma anónima, num blog na Internet e já saltou, com polémica, para os jornais e revistas: Miguel Sousa Tavares «copiou» parágrafos inteiros do livro «Cette Nuit la Liberte» de Dominique Lapierre e Larry Collins, no mediático «Equador», acusa o blog.

O caso vai agora ser investigado pela Polícia Judiciária, onde o escritor vai entregar, em breve, uma queixa-crime contra incertos.

Mas entre os incertos Sousa Tavares aponta alguns suspeitos e não exclui a possibilidade de indicar os nomes aos investigadores.

«Um dos suspeitos é bloguista do Bloco de Esquerda que gosta de pôr coisas anónimas, por uma questão de traumas pessoais, e o outro é um escritor falhado e invejoso, cuja produção literária consiste em destruir os outros» referiu sexta-feira ao Diário de Notícias.

Contactado pelo PortugalDiário o escritor recusa alimentar mais a polémica: «Não falo mais sobre o blog, ponto final».

Para os criadores do blog, parece que este é apenas mais um parágrafo na polémica.

«Voltaremos em breve com novidades fresquinhas», ameaçam. E prometem mais provas do que alegam ser plágio. «As. parecenças entre os dois livros são evidentes para qualquer espírito lúcido. Mas Miguel Sousa Tavares não se limitou a ir buscar inspiração a Lapierre e Collins. Outros mereceram a sua atenção».

Depois, voltam à polémica inicial. «Este blog cumpriu a sua missão. Demonstrou cabalmente as semelhanças entre os dois livros, deixou aqui os parágrafos idênticos, permitiu a todos os que a ele acederam tirar as suas próprias conclusões».

«Há uma pergunta à qual Sousa Tavares nunca respondeu nem vai responder: por que é que transcreveu parágrafos inteiros de um livro?», questionam os autores do blog, que já conta com mais de 400 comentários.

António Lobato Faria, editor de Sousa Tavares, na Oficina do Livro, volta a recusar qualquer plágio por parte do jornalista, condenando o conteúdo do blog.

«É um texto difamatório e manipulador. Apesar de toda a manipulação que é feita, o que as pessoas encontram são factos históricos que foram utilizados», explica o editor,

sustentando que Sousa Tavares «usou factos históricos que estavam referidos no outro livro» para «crediblizar e tornar o livro mais real, porque se trata de um romance histórico».

Rejeitada a tese de «plágio», o que terá então levado os bloguistas a acusar Minguel Sousa Tavares?

«A vaidade à mistura com uma enorme dose de cretinice e desonestidade», defende Lobato Faria.

O editor do jornalista afasta também o facto de esta polémica provocar danos na imagem de Sousa Tavares e responde com os 270 mil livros vendidos por «Equador».

«O único dano é o stock de livros que está esgotado. Continuamos a verificar um enorme interesse no livro, que neste momento está esgotado na editora.

Estamos à espera de uma nova edição para responder aos pedidos pendentes que existem», remata.
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