Tribunal da Relação confirma pena de 12 anos para comando acusado de matar o colega - TVI

Tribunal da Relação confirma pena de 12 anos para comando acusado de matar o colega

Militares

O militar vai recorrer ao Supremo Tribunal

Tribunal da Relação de Lisboa confirmou, esta quarta-feira, a pena de prisão efetiva de 12 anos para o militar dos Comandos acusado de matar outro com uma espingarda G-3, na Carregueira, em 2018.

A TVI sabe que o militar dos Comandos vai agora recorrer da pena ao Supremo Tribunal. A defesa tem 30 dias para o fazer.

O militar tinha sido condenado pelo Tribunal de Sintra a 12 anos de prisão pelos crimes de homicídio simples e detenção de arma proibida, em março.

O coletivo de juízes que julgou o caso, presidido por Paulo Almeida Cunha, deu como provado que o arguido “agiu com intenção de matar” ao disparar sobre o peito do “companheiro de armas” no dia 21 de setembro de 2018, no Quartel da Carregueira.

Assim, o arguido foi condenado a 11 anos de prisão pelo crime de homicídio simples e a três anos de prisão pelo crime de detenção de arma proibida. Depois de aplicado o cúmulo jurídico, a sentença resultou na condenação a uma pena única de 12 anos de prisão.

O crime aconteceu ao final da tarde em 21 de setembro de 2018, dia em que Deisom Camará, de 22 anos, estava de serviço à casa da guarda de apoio ao paiol do Quartel da Carregueira, tendo o soldado Teles Lima se deslocado a esse local pelas 18:20.

Segundo a acusação, “entre as 18:48 e as 18:56, por motivos não apurados, o arguido Deisom Camará empunhou a espingarda automática G-3 que lhe estava adstrita em função do serviço de sentinela à casa do paiol que estava a executar, encostando-a ao peito da vítima, encontrando-se o soldado Teles Lima já no exterior da casa do paiol".

Em ato contínuo, o arguido disparou a arma que empunhava, tendo atingido a vítima na região peitoral esquerda, que redundou na sua morte”, lê-se na acusação.

No entanto, a defesa aponta "erros grosseiros" verificados durante a investigação criminal. Este caso foi investigado pela PJ Militar.

 

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