Aljustrel: pó de sílica «espalhado pela vila» - TVI

Aljustrel: pó de sílica «espalhado pela vila»

Mina

Sindicato fala em risco para a saúde

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Poeiras contendo pó de sílica, prejudicial à saúde, provenientes do complexo mineiro de Aljustrel «têm-se espalhado pela vila», levando um sindicato do sector a alertar sobre eventuais riscos para a população, desvalorizados pela empresa concessionária, informa a agência Lusa.

Na lavaria da mina de Aljustrel, durante os processos de britagem (trituração) e de stockagem (queda no parque) do minério em bruto, «levantam-se poeiras que contêm finas partículas de sílica», conhecidas como pó de sílica, explicou Luís Sequeira, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM).

As poeiras, com pó de sílica, que «inalado é prejudicial à saúde», «têm-se espalhado pelo complexo mineiro e por algumas zonas de Aljustrel» e «infiltram-se facilmente nas habitações», contou o sindicalista, referindo que «o negrume característico das poeiras do minério já se nota em telhados de algumas casas» daquela vila do distrito de Beja.

Trata-se de «um problema de saúde pública» e, sobretudo, de «um risco para a saúde de trabalhadores da mina e dos habitantes de Aljustrel que inalarem as poeiras», alertou.

«O problema não é tanto os trabalhadores da lavaria da mina, porque estes estão devidamente equipados com máscaras anti-pó, mas os outros trabalhadores da mina e a população de Aljustrel que não usam protecção e inalam as poeiras e, por consequência, o pó de sílica», vincou Luís Sequeira.

Para justificar o risco, o sindicalista explicou que a inalação de pó de sílica, além de «problemas respiratórios», pode provocar, geralmente após 20 ou 30 anos de exposição, a doença pulmonar silicose, a mais antiga doença profissional conhecida e que afecta sobretudo mineiros, pedreiros e operários que trabalham com minerais graníticos.
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