O ministro da Administração Interna manifestou esta segunda-feira à Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) abertura para resolver algumas questões essenciais para os polícias, como a criação do subsídio de risco.
No final da reunião com o ministro Eduardo Cabrita, o presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues disse à agência Lusa que o Ministério da Administração Interna (MAI) vai criar três grupos de trabalho para rever os vários suplementos atribuídos aos policias, para criar condições de fiscalização da saúde e segurança no trabalho e sobre as entradas e saídas de elementos na PSP.
No caso da revisão dos suplementos, estão em causa os subsídios de turno, patrulha, comando, especial de polícia, investigação criminal e a criação do subsídio de risco.
O presidente da ASPP/PSP afirmou que outro dos grupos de trabalho tem por objetivo chegar a um consenso sobre os recursos humanos na PSP, nomeadamente sobre as saídas e entradas.
Segundo o presidente do maior sindicato da PSP, cerca de 3.000 polícias reúnem as condições em 2020 para entrarem na pré-reforma e, destes, mais de 1.000 na aposentação.
Começa a ser difícil gerir esta situação”, precisou.
Paulo Rodrigues explicou que os três grupos de trabalho vão ser constituídos por membros do Governo e dirigentes sindicais, tendo a ASPP manifestado disponibilidade para participar nestes grupos, mas exigiu ao ministro que a constituição e os resultados sejam rápidos.
O ministro apresentou abertura para concretizar alguns assuntos, vamos ver se isso se concretiza”, afirmou, alertando para novas ações de luta caso os grupos de trabalho não comecem a trabalhar rapidamente.
A criação do subsídio de risco, aumento das listas da pré-reforma e revisão dos vários suplementos são três dos principais pontos do caderno reivindicativo entregue pela ASPP/PSP no final de fevereiro ao ministro da Administração Interna e que estiveram hoje em discussão na reunião.
O ministro reúne-se também hoje com a plataforma dos 11 sindicatos da PSP, que em 13 de março organizou uma manifestação de polícias e entregou depois um caderno reivindicativo no MAI.
Esta plataforma exige a recuperação dos 12 anos em que as carreiras estiveram congeladas, entre 2005 e 2017, um regime de aposentação e pré-aposentação adequado à profissão policial e o subsídio de risco.