Escola de Lisboa em greve parcial vai poder substituir funcionários ausentes - TVI

Escola de Lisboa em greve parcial vai poder substituir funcionários ausentes

  • AM
  • 30 jan 2018, 19:14
Escola

Agrupamento vai abrir um concurso para colmatar ausências de funcionários, revelou o Ministério da Educação

O agrupamento da escola Manuel da Maia, em Lisboa, onde as funcionárias iniciaram esta terça-feira uma greve parcial por causa da falta de pessoal não docente, vai abrir um concurso para colmatar ausências de funcionários, revelou o Ministério da Educação.

De acordo com uma resposta do Ministério da Educação (ME) à Lusa, "tendo em conta o reporte da Direção do Agrupamento", encontra-se "já em fase de concurso um reforço de 21 horas [semanais] para colmatar situações de ausência resultantes de baixas-médicas, aposentações e mobilidades" de funcionários do agrupamento.

O ME salientou ainda que "está a acompanhar a situação".

Os trabalhadores não docentes da escola EB 2/3 Manuel da Maia, em Lisboa, iniciaram hoje uma greve parcial contra a falta de profissionais nesta escola, onde há seis funcionários para 550 crianças, de acordo com fonte sindical.

A greve decorre das 07:30 às 10:00 até à próxima quinta-feira, afetando o período letivo da manhã.

De acordo com Luís Esteves, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, a escola esteve encerrada até depois das 10:00 desta terça-feira, tendo decorrido à porta uma concentração de funcionárias, pais e alunos.

O sindicalista disse ainda que as portas da escola chegaram a ser encerradas a cadeado, pelo que foi necessário chamar as autoridades, que reabriram os portões sem problemas.

O sindicalista realçou que a escola tem atualmente seis auxiliares para cerca de 550 crianças, com idades entre os 10 e os 15/16 anos.

Do ano letivo passado para este ano, a escola perdeu cinco trabalhadores não docentes, três por reforma e outros dois deslocados para outros locais ao abrigo da mobilidade na função pública.

A direção da escola, desde o início do ano letivo, tem tentado resolver a situação junto do Ministério da Educação, sem sucesso, explicou.

"As escolas [deste agrupamento escolar] estão no limite e decidiu-se que era altura de chamar a atenção para este grave problema. Se a situação já está no limite, nem queremos imaginar se alguma delas ficar doente", disse, sublinhando que a escola está inserida numa zona "com características específicas e problemas sociais graves".

Luís Esteves salientou que ainda este mês a Escola EB 1 Vale de Alcântara, do mesmo agrupamento, “foi forçada a encerrar por falta de pessoal não docente”.

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