Guimarães: queixa contra subcomissário dá hoje entrada no MP - TVI

Guimarães: queixa contra subcomissário dá hoje entrada no MP

Adepto do Benfica explica o que aconteceu (na íntegra)

Advogada dos ofendidos revelou que a queixa vai ser apresentada nos serviços do Ministério Público no Tribunal Judicial de Guimarães

A queixa contra um subcomissário da PSP que no domingo agrediu dois homens, pai e filho, em Guimarães, no exterior do Estádio D. Afonso Henriques, dá entrada no Ministério Público esta quarta-feira, informou a advogada dos ofendidos.

Sónia Carneiro disse à Lusa que a queixa vai ser apresentada nos serviços do Ministério Público no Tribunal Judicial de Guimarães.

Os factos registaram-se no final do jogo de futebol para a Superliga entre o Vitória de Guimarães e o Benfica, no exterior do Estádio D. Afonso Henriques.

Um subcomissário da PSP de Guimarães foi filmado a agredir à bastonada José Magalhães, adepto do Benfica, na presença dos seus dois filhos menores. O pai de José Magalhães também foi agredido, a murro.  A queixa que dará entrada será em nome dos dois.

Segundo Sónia Carneiro, a queixa faz referência ao facto de o subcomissário, durante a agressão a José Magalhães, ter usado primeiro um bastão longo e, a seguir, um extensível, sendo que este, por norma, só pode ser utilizado em situações de grande violência

“Vamos, obviamente, questionar a legitimidade do uso de bastões, quer de um quer de outro”, referiu.


No auto de notícia, o subcomissário escreveu que José Magalhães lhe deu uma cuspidela, o ameaçou e o injuriou.

José Magalhães já negou aquelas acusações, mas foi constituído arguido.

O Ministério Público já abriu um inquérito, estando a investigar quer os crimes de que José Magalhães está indiciado, quer o alegado crime de abuso de poder por parte do subcomissário.

Este oficial da polícia já terá sido, segundo a edição de hoje do Correio da Manhã, alvo de uma outra queixa por parte de um outro adepto que diz ter sido agredido por ele, em abril, no final de um jogo de futebol entre o Vitória de Guimarães e o Braga.

A Lusa contactou a Direção Nacional da PSP, para tentar confirmar esta queixa e para apurar se o subcomissário se mantém em funções, mas ainda não obteve qualquer resposta.
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