Operação Tutti Frutti: MP retira perícia financeira à PJ - TVI

Operação Tutti Frutti: MP retira perícia financeira à PJ

  • 20 jan 2020, 16:25

Os atrasos nos relatórios levaram à nomeação de um perito externo, que é o ex-diretor desta estrutura na Polícia Judiciária

O Ministério Público decidiu retirar à Polícia Judiciária a perícia financeira da Operação Tutti Frutti, que investiga alegadas práticas de corrupção partidárias e autárquicas no seio do PSD e PS.

Atrasos nos relatórios da Unidade de Perícia Financeira terão motivado o Ministério Público a nomear um perito externo. No entanto, a escolha recaiu sobre o ex-diretor desta estrutura da Polícia Judiciária.

O Jornal de Notícias avança que Egídio Cardoso esteve à frente da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística da PJ e nunca nomeou um perito para este caso, até janeiro do ano passado, quando se aposentou.

Enquanto diretor da unidade chegou a produzir relatórios intercalares sobre o caso Tutti Frutti, mas só foi contratado como perito independente depois da reforma.

À TVI a Procuradoria Geral da República esclarece que o Ministério Público toma as medidas adequadas previstas na lei de modo a salvaguardar o melhor andamento dos processos e interesses da investigação.

A Direção Nacional da PJ não comentou ainda o caso.

O processo Tutti Frutti investiga suspeitas de uma alegada teia de crimes de corrupção, tráfico de influência, participação económica em negócio e eventual financiamento partidário ilícito e envolve personalidades do PSD e PS.

As buscas aconteceram em junho de 2018. nas sedes distritais dos dois partidos, em Lisboa. 

Os principais suspeitos são Sérgio Azevedo, ex-deputado social democrata da Assembleia da República, Luís Newton, presidente da Junta de Freguesia da Estrela, e Carlos Reis militante do PSD e gerente a empresa Amibigol. 

Em causa, estão adjudicações a esta empresa de Barcelos e ainda avenças fictícias para pagar salários a elementos da confiança política dos envolvidos.

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