Rui Pinto no Twitter: "Ainda há muita coisa que os portugueses merecem saber" - TVI

Rui Pinto no Twitter: "Ainda há muita coisa que os portugueses merecem saber"

  • BC
  • 30 jan 2020, 09:18

Pirata informático por trás do Luanda Leaks lançou duras críticas à atuação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, numa mensagem publicada esta quinta-feira no Twitter

Rui Pinto, o hacker por trás do Football Leaks e, mais recentemente, do Luanda Leaks, publicou esta quinta-feira uma mensagem no Twitter dizendo que "há muita coisa que os portugueses merecem saber", lançando duras críticas à atuação da Polícia Judiciária e do Ministério Público.

Acho que os cidadãos portugueses já perceberam que a minha prolongada e desproporcional prisão preventiva tem como objetivo primordial silenciar as minhas denúncias, e manter escândalos como o Luanda Leaks fechados a sete chaves", escreve Rui Pinto, numa mensagem partilhada pelas seis da manhã.

Se dependesse da Polícia Judiciária e do Ministério Público português, estas informações nunca viriam a público, nem as autoridades angolanas alguma vez seriam informadas da existência destes dados. Vistos Gold, ESCOM, BES Angola... há muita coisa que os portugueses merecem saber", termina.

 

Recorde-se que ontem, quarta-feira, duas dezenas de pessoas concentraram-se em Lisboa para exigir que seja aplicada a Rui Pinto a diretiva europeia contra o branqueamento de capitais para que o ‘hacker’ seja libertado e colabore com as autoridades no combate à corrupção.

A vigília à porta do Estabelecimento Prisional anexo à PJ, em Lisboa, foi promovida pelo Movimento Mais Cidadania e juntou cerca de duas dezenas de pessoas, que empunhavam fotografias de Rui Pinto e acenderam velas, encontrando-se entre elas a dar apoio à causa a psicóloga e comentadora Joana Amaral Dias.

Rui Pinto, que se encontra preso preventivamente por suspeita de crime informático e tentativa de extorsão, já assumiu, segundo os seus advogados, a responsabilidade de ter entregue, no final de 2018, à Plataforma de Proteção de Denunciantes na África (PPLAAF), um disco rígido contendo todos os dados relacionados com as recentes revelações sobre a fortuna de Isabel dos Santos, sua família e todas as pessoas que podem estar envolvidos nas operações fraudulentas cometidas à custa do Estado angolano e, eventualmente, de outros países estrangeiros.

Em prisão preventiva desde 22 de março de 2019, Rui Pinto, de 30 anos, foi detido na Hungria e entregue às autoridades portuguesas, com base num mandado de detenção europeu, que apenas abrangia os acessos ilegais aos sistemas informáticos do Sporting e da Doyen, mas que depois viria a ser alargado a pedido das autoridades portuguesas. Vai a julgamento acusado de 90 crimes 

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