A ministra da Saúde considerou esta sexta-feira lamentável que a irmã do homem operado nos Estados Unidos a um tumor no rosto tenha dito que o Estado português não pagou à família as despesas de deslocação e estadia.
Ana Jorge garantiu à agência Lusa que «nunca foi posto em causa o pagamento das deslocações e da estadia do doente e do seu acompanhante», mas explicou que o Estado actuou de forma a gerir bem os seus dinheiros.
A ministra garantiu que o doente - como qualquer utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nas mesmas circunstâncias em que ele se encontrava - tinha direito ao pagamento de todas as despesas relacionadas com a concretização da cirurgia, incluindo deslocações e estadia.
O Estado assumiria ainda as despesas de estadia e deslocação do acompanhante do doente.
«Houve uma cadeia de televisão norte-americana que ofereceu à irmã a estadia e as viagens», disse Ana Jorge. Nesse contexto «compete ao Estado gerir bem os seus dinheiros. Se a irmã tinha quem lhe desse a viagem e a estadia, não competia ao Estado estar a pagar, porque senão a senhora receberia de dois lados».
De acordo com Ana Jorge, a irmã de José Mestre «exigiu que a filha também fosse». «Isto não é, obviamente, possível em nenhuma circunstância», disse, sublinhando considerar «lamentável que a senhora tenha feito os comentários que fez porque está a ser desonesta nas suas declarações».
Foi «uma má informação, que foi dada à população em geral, e é muito lamentável porque é mentira».
A irmã de José Mestre, Edite Abreu, disse na quarta-feira que o Estado português apenas pagou as despesas da cirurgia, tendo todas as outras expensas sido suportadas por terceiros.
Entretanto, o Ministério da Saúde (MS) anunciou na quinta-feira que já pagou ao hospital norte-americano que operou José Mestre, conhecido por «homem sem rosto», cerca de 108 mil euros, faltando liquidar cerca de 12 mil euros.
Ana Jorge lamenta declarações de irmã do «homem sem rosto»
- tvi24
- PB
- 22 out 2010, 15:16
Ministra diz que «é muito lamentável porque é mentira»
Continue a ler esta notícia