Cirurgias: Governo e misericórdias «adaptam» acordo - TVI

Cirurgias: Governo e misericórdias «adaptam» acordo

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CDS-PP quer discutir o assunto no Parlamento e apresenta projecto de resolução já na quinta-feira

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A ministra da Saúde, Ana Jorge, afirmou esta quarta-feira que as Misericórdias podem colaborar com o Ministério da Saúde na realização de cirurgias através do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) para uma «maior equidade» em relação aos doentes. De acordo com a ministra, houve a necessidade de rever o protocolo que existia com as Misericórdias desde 1995 e «adaptá-lo às novas condições de hoje e à vontade da União das Misericórdias Portuguesas e do Ministério da Saúde».

«Nós temos algumas carências reconhecidas [na área da cirurgia] e as Misericórdias podem, através do programa SIGIC, colaborar com o Ministério da Saúde para trabalhar e melhor articular essa possibilidade da realização de cirurgias, que já é uma prática das Misericórdias», disse a ministra à Agência Lusa, depois de uma reunião com o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos.

Misericórdias: Governo recusa acordo adicional

Se as cirurgias forem feitas através do SIGIC, «penso que é melhor para todos e possibilita uma maior equidade em relação aos doentes», sustentou a ministra, lembrando que o objectivo deste sistema é conseguir ter melhores tempos de espera.

Ana Jorge ressalvou que, neste momento, ainda não está nada definido qual o volume de cirurgias que fará parte do acordo com as Misericórdias.

CDS-PP espera «coerência» do PS

O Parlamento vai debater na quinta feira um projecto de resolução do CDS-PPque recomenda ao Governo que celebre, no prazo de 60 dias, um acordo com as Misericórdias para a realização de 40 mil cirurgias anuais em oftalmologia, ortopedia, urologia e cirurgia vascular.

A deputada democrata-cristã Teresa Caeiro já afirmou esperar que o PS «seja coerente» com a «promessa do Governo» de contratualizar mais cirurgias com as misericórdias e viabilize quinta-feira o projecto de resolução do CDS-PP com esse objectivo.

«Se o Governo quer ficar com a assinatura da medida, isso para nós não é importante. Nós sempre fomos coerentes e fizemos bem em insistir com esta iniciativa. Se o Governo agora faz uma promessa de acordo com as Misericórdias, eu espero que PS amanhã [quinta-feira] não tenha uma posição muito absurda e viabilize o nosso projecto», afirmou Teresa Caeiro, em declarações à Agência Lusa.
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