Matemática: Isabel Alçada defende provas de aferição - TVI

Matemática: Isabel Alçada defende provas de aferição

Isabel Alçada

Ministra diz que foram elaboradas por «profissionais competentes e conceituados»

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A ministra da Educação, Isabel Alçada, afirmou esta sexta-feira que as provas de aferição são realizadas por «profissionais competentes e conceituados» e sublinhou a «autonomia e independência» da entidade que as elabora, noticia a Lusa.

Isabel Alçada reagia assim às críticas da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), relativas às provas do 4.º e 6.º anos realizadas por mais de 230 mil alunos, à margem de um encontro sobre a implementação do diploma da Educação Sexual, que decorreu esta sexta-feira à tarde numa escola de Lisboa.

«As provas são feitas por profissionais competentes. O GAVE [Gabinete de Avaliação Educacional] funciona com autonomia e independência e com profissionais muito conceituados», afirmou.

A SPM considerou hoje que as provas de aferição continuam a não ser um instrumento fiável de avaliação do estado do ensino da disciplina em Portugal.

«As provas de aferição de Matemática do 4.º e 6.º anos que hoje se realizaram constituem uma oportunidade para aferir o nível de conhecimentos dos alunos no final dos dois primeiros ciclos de escolaridade. Seria desejável que fossem um instrumento fiável de aferição do estado do ensino da Matemática em Portugal. Infelizmente, estas provas continuam a não satisfazer este requisito», diz um parecer da SPM.

«Arbitrariedade na classificação»

Segundo a sociedade, isso acontece por várias razões, designadamente porque «há em ambas as provas um número muito exagerado de questões demasiado elementares para o nível de escolaridade dos alunos a que se destinam».

«Uma larga maioria das questões é de resposta imediata ou requer apenas uma operação de cálculo», refere a SPM.

Paralelamente, com o pretexto de «inserir os conceitos e algoritmos em questões contextualizadas», acaba por «não se testar devidamente nem o domínio dos conceitos nem o domínio dos algoritmos», adianta.

«Assim, um possível bom desempenho nestas provas não parece equivalente ao domínio da matéria», salienta a SPM.

O parecer refere também que «os resultados não têm efeito sobre as classificações dos alunos nem sobre o seu percurso escolar», havendo, por isso, «um factor de desinteresse associado às provas».

A SPM diz ainda que os critérios de classificação estão «ocultos pela atribuição de códigos ao nível do desempenho revelado nas respostas», permitindo assim uma «larga arbitrariedade na classificação final».
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